<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d14068495\x26blogName\x3dPa%C3%ADs+Barros%C3%A3o\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dTAN\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://barrosao.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://barrosao.blogspot.com/\x26vt\x3d4656083727297610788', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>

sábado, março 04, 2006

Cao que nao ladra... lavra

Ora o Sr.Domingos do Pinto (cantoneiro), como tinha um irmao casado na Vila da Ponte andava muito por aqueles lados jà que na altura estava solteiro e como è evidente procurava fêmea que nao o conhece-se jà que na terra o mercado estava um pouco complicado dado à brutalidade ,e inocência do jovem .
-Bem chegado quase o fim do Verao e com ele o fim das festas e romarias o amigo "cantoneiro" viu que se le passava mais um ano da vida sem arranjar casamento, e como jà nao havia festas nao havia desculpa para sair aos domingos à caça de "pachacha "certa ou melhor à caça de ganadus fêmeus .
Chegada a altura do arranque das batatas o amigo "cantoneiro" resolveu juntar duas ou três mulheres e ir atà à Vila da Ponte ajudar o irmao e quem fize-se falta porque o importante era estar o maximo tempo possivel naquela aldeia dado a que havia por là umas pêssegas jà casamenteiras e com todo o charme que ele tinha pudesse enganar uma delas e levà-la para a "corga".
Mas o problema è que uma das geirantas que ele levou là da terra era a conhecida Jùlia do Barral que por dà cà aquela palha mandava tudo para o caralho ou p'rà con.... se fize-se falta.
Bem um dos dias andavam a cavar e o amigo "cantoneiro" estava a ficar para tràz dos outros homens dado a que :
1º-Trabalhar no duro nao era o seu forte.
2º-Depois de comer um prato de chanfaina e mamar 1,5l de vinho ao almoço com o calor a apertar ainda muito menos apetecia vergar a mola.
3º-As noites de baile que passava com as moças da V. da Ponte ao toque da concertina reflectian-se durante o dia pois com sono nao se pode trabalhar.
Bem o caso è que a Jùlia andava a apanhar (as batatas calaro) atràz dele e como o amigo jà nao dava abasto à apanhadeira ela levanta-se e diz :
-"Hò cantuneiro anda là filhadaputa perguisoso do caralho ...Japao...."
Ò meus amigos o "cantoneiro" atira com a enxada para o lado (o que me parece que morto por isso estava ele), rompe à Jùlia do Barral ,manda-lhe as manàpulas ao nò das couves e diz:
"-Hà puta qu'temato atao eu aqui a dezer a estas esfomiadas qu'ebòssois minha'scriadas e tu txamasme Japao??? Ègua do caralho."
Atira com a Jùlia de patas ao ar no meio da terra e desaparece dali muito ofendido indo deitar-se a uma sombra ao lado do rio .
Bem à noite là aparece o "cantoneiro" ,entra no sobrado onde todos estavam jà a comer e com cara de poucos amigos e uma saca de plàstico metida no olho da enxada diz:
"-Boumimbora"
O irmao levanta-se da mesa e diz :
"-Hò Demingos tus'estàs tolo assenta-ticome c'arrapariga txorou tod'àtarde à tua conta"
"-Boumimbora jà t'edixe"
Bem mas entre todos là convenceram a fera ferida pelo menos a cear jà que a viagem era longa dali à "corga" e faziam falta forças depois de vàrios dias de pulo e trabalho .
Quando terminou despediu-se de toda a gente e saiu porta fora .
Ao chegar ao fundo das escadas reparou que havia uma silhueta femenina reflectida no contraste do luar com o escuro da noite e disse .
"-Quem caralh'oestàaì"
Perguntou um pouco assustado.
"-So'uÀrminda"
"-Ò'rminda boumimbora repariga"
"-Jà sei e po'risso bim aq'uiabaixo"
"-P'raquê???"
Perguntou ele muito admirado.
"-Entr'àqui p`ròmeu pàtio q'eu jà to digo"
Bem e o nosso amigo là entrou jà com saliva nos cantos da boca ,os olhos arremelados ,os dentes aguçados ,a mao nos botoes das calças,e os pensamentos alterados quando a Arminda le disse.
"-È que t'ecria pedir um fabor"
"-Diz là moça"
Respondeu o abutre jà todo"espumado" o qual jà parecia mais um porco macho depois do acto do acasalamento que pròpriamente um ser racional desejoso de intruduzir algo em alguma coisa.
"-È còmeu belho tem p'àqui um cao que morde e queri-omatar e eu pensei q'etu o podias lobar p`rà corga q'ueu teinho munta pena do bitxo.
Ò meus amigos o Sr. Domingos do Pinto ficou que nem sabia o que dizer jà que pensava que a Arminda le ia pedir algum favor mais especial ou como quem diz mais carnal.
Bem o caso è que como ficou tao atrapalhado disse que sim à rapariguita.
Ela la le entregou o bicho e realmente o animal era feroz ,dali à "corga" foi uma guerra constante HOMNIS vs ANIMALIS (desculpem o meu latim).
Ao ter-le deixado a cabeça de fora do saco para que o animal pude-se respirar e este fora de tao mà raça que nem ao seu salvador pedoava ;
hò meus amigos o bicho deixou aquelas maos ao "cantoneiro" pior que que o gato "micas " quando le comeu o dedo .
Aquilo parecia que le tinham andado aos tiros aos presunhos era cada buraco que cabia là um dedo.
Bem chegado à" corga "deitou-se na cama o pos-se a matutar como domesticar o bicharoco.
Na manha seguinte vai chamar o criado .
"-Hò Jaquim andadaì que temos que fazerali um trabalho"
E como è usual na nossa terra nao sair de casa em jejum depois de comer um naco de pao cada um e mamar meia malga de àgua-ardente là sairam directos ao pàtio onde estava a fera presa.
O "cantoneiro" pega numa" travadoira" (corda de atar as cargas), manda-a a uma trave e diz para o criado .
"-Agarra'omofilhadaaputa"
O Joaquim da Deolinda manda as manàpulas ao bicho e este crava-lhe os queixais nas costas dos ditos pressunhos .
O Joaquim nao tem mais nada ,levanta o braço fecha a mao e arrefifa uma punhada no alto da torre das pulgas ao animal o qual ficou sem sentidos por uns minutos.
Ràpidamente os dois trogloditas passam um nò de correr ao pescoço do bicho e esticando a corda passada na trave le remataram a vida em dois minutos mais .
"Bà bamo'sioenterrar "
Disse o Joaquim limpando o seu pròprio sangue das maos.
"-Nao"
Respondeu o "cantoneiro".
"-Baibuscar u'ma inxada e abrum'acoba na cortinha "
E enquanto o "cantoneiro" tirava a pele ao bicho no pàtio e o outro abria a cova na cortinha escutava-se o brutamontes do Domingos do Pinto gritar:
"-Faz um'acoba funda Jaquim"
Bem depois do cao esfolado e enterrado o "cantoneiro " pega na pele e faz uma molhelha para proteger a cabeça da vaca da madeira do apeiro (jugo) enquanto andava a lavrar ou a puxar o carro.
O pior foi no ano seguinte quando foi à festa à Vila da Ponte e a Arminda se encontrou com ele.
"-Olh'òsenhor Demingos ¡¡¡¡¡¡"
"-Atao como bai???"
"-Boubem menina"
Respondeu o "carrasco" um pouco querendo falar mas ao mesmo tempo esquivar-se d'ali.
"-Olhe e o caozinho que le dei està bonito????"
O Domingos olha para o Joaquim e no meio de um gaguejo responde:
"-Està...està menina... està tao lindo que atè jà vir'orrego e tudo."

Boas Noutes.