tag:blogger.com,1999:blog-140684952024-03-08T16:19:48.897+00:00País Barrosão<b>O sentir de barrosões do século XXI, que gostavam que a aldeia global fosse como o Barroso do século XX ...</b>Brejnevhttp://www.blogger.com/profile/16592606698734408263noreply@blogger.comBlogger30125tag:blogger.com,1999:blog-14068495.post-13662525269040600532008-06-25T16:53:00.000+01:002008-06-25T16:54:30.119+01:00Ainda estamos vivos...Escrevemos é pouco:)<div class="blogger-post-footer">BLOG PAIS BARROSAO</div>Brejnevhttp://www.blogger.com/profile/16592606698734408263noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-14068495.post-39361238393623006862007-05-18T01:17:00.000+01:002007-05-18T01:21:12.878+01:00Viva a malta da Corga!<object width="425" height="350"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/M-1bZhk2dPc"></param><param name="wmode" value="transparent"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/M-1bZhk2dPc" type="application/x-shockwave-flash" wmode="transparent" width="425" height="350"></embed></object><div class="blogger-post-footer">BLOG PAIS BARROSAO</div>Brejnevhttp://www.blogger.com/profile/16592606698734408263noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-14068495.post-58546153094742959292007-03-14T00:26:00.000+00:002007-03-14T00:42:55.057+00:00O Padre Bravo no São Miguel<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://www.radiomontalegre.net/PadreBravo.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 209px; height: 217px;" src="http://www.radiomontalegre.net/PadreBravo.jpg" alt="" border="0" /></a><br />Entre 1770 e 1835 existiu em casa do Branco um padre.<br /><br />Tal personagem ficou conhecido pelo Padre Bravo do Branco devido á sua postura de fanfarrão, macacório , e artolas perante a sociedade de então, e como consequência permaneceu vivo na história da “Corga” tal como muitos outros .<br />-Padre Bravo porquê???<br />Pois Padre Bravo porque a individualidade era mesmo terrível.<br />Diz-se que vivia com uma irmã de nascença de nome Germana.<br />É claro, que se a desgraçada fosse irmã da caridade, tinha de certeza que pôr o seu corpinho de freira angelical ao serviço da igreja católica apostólica e romana pelo menos três vezes ao dia, já que ao que se diz, o pardal não perdoava nem á mulher do sacristão.<br /><br />Ora certo dia por alturas do S. Miguel o amigo Padre Bravo decide ir fazer uma visita ao arcanjo e de passagem dar uma volta pelas suas grandiosas festas e arrematar umas cevas como era tradição, já que naqueles tempos o porquinho era o que mantinha as gentinhas do Barroso durante os duros Invernos que por cá passavam.<br />Então certa manhã chama a criadagem, dá ordens de aparelhar as mulas e preparar uma merendola para o caminho já que Cabeceiras ficava a umas léguas valentes e os ares da Cabreira costumavam dar uma fome de matar qualquer cristão.<br /><br />Até aqui tudo bem mas o pior estava para vir, já que o pardalão pensou em comprar os recos sem levar um tostão na algibeira.<br />Bem, mulas aparelhadas e merenda no alforge lá partiu o Padre Bravo mais o seu criado predilecto (predilecto porque era o único que tinha) em direcção a Cabeceiras de Basto. Depois de viajarem durante uma boa mão cheia de horas lá chegaram ao destino.<br /><br />Foram em busca de uma pensão para repousar e rápido encontraram bom aposento na Estalagem de Basto não fosse o senhor abade cliente habitual e bem conhecido devido ao bom porte que possuía naquela casa.<br />Assim o pardal marcou quarto para um já que o criado iria dormir oculto na estrebaria junto das mulas porque assim o tinha premeditado o Sr. abade com segundas intenções.<br /><br />Depois de bem jantar e melhor beber o marmanjo decide recolher aos aposentos celestiais mas não sem antes tentar fazer o rente á criada para que lhe fosse aquecer os pés não fosse a moçoila apetecer-lhe e o padre perder por não ter falado. É claro que a rapariga lhe disse que dormisse com os anjinhos e sonhasse com ela, porque a verdade é que com a carantonha que tinha Sr. Abade, realmente só para espantar os javalis do milho em noites de Verão.<br /><br />Depois de despido e lavado vai o padre á janela manda duas assobiadelas e num ápice aparece o criado por debaixo da mesma. O cura atira-lhe todos os pertences incluindo vestuário e calçado, e depois deitou-se bem refastelado esperando pela manhã.<br /><br />Por volta das oito da manhã já o Sr. abade tinha o pequeno-almoço na mesa há mais de meia hora quando a patroa da estalagem disse para a criada:<br /><em>-“Ó Rosita vai lá acima bater á porta do Sr. abade porque ele disse que ia madrugar e estou a ver que ainda não se levantou! deve de ter adormecido!!!”.</em><br />A criadita lá foi chamar o Sr. padre.<br /><br />Truz…Truz…Truz…<br /><em>-“Oh Sr. abade, ainda aí está???”<br />-“Levante-se homem que é quase meio-dia”.<br />-“Lobanto-me????”<br />-“Lobant-ome o quê putas do caralho!!! beu aqui um filha da puta<br />d’um ladrão de noute que me limpou tudo… deixou-me inunzinho… num sei se foi a putória da patroa ou a excomungada da criada q’uio deixaram intrar mas o q’ué meu tem c’aparcer aqui senão ‘stá’ o caralhinho aqui inda oinje oubisteis???”<br /></em><br />A Rosita muito assustada desceu as escadas praticamente sem por as socas nos degraus de madeira dirigindo-se à patroa para lhe contar o sucedido.<br /><em>-“Ai senhora Deolinda venha depressa que roubaram o padre e ele culpa-nos a nós”.<br />-“Tu que me dizes Rosita????”<br />-“É verdade diz que lhe tiraram tudo e põe as culpas na senhora e em mim.”<br />-“Ai Jesus e agora que vamos fazer?”<br />-“Anda Rosa vamos ter com ele para ver se o acalmamos antes que ponha fraco nome à casa e a nós.”</em><br /><br />Truz…Truz Truz…<br /><em>-“Ó senhor abade o senhor está ai???”<br />-“E donde cria vossemecê q’eu estivese caralho? Só s’ estivesse tolo dos cornos p’ra ir c’os quilhões abanar p’ró meio da feira!!! Ladrões, larápios, gatunos minhotos do caralho q’uéra matar-bos a todos e inrrabarbos a sangre frio caralho.”<br />-“Ai Sr. abade não faça escândalos pelo amor de Deus que a casa vai repor todo o seu prejuízo.”<br />Disse a D. Deolinda muito preocupada com o bom-nome da sua pensão não fosse o diabo do padre tecêlas e estragar-lhe a reputação da casa.<br />-“Ai bai ??? Atcho munto bem q’ui o faça e depressinha q’eu teinho c’apreçar as cebas e ir p’rá corga inda oinje oubiu?”</em><br /><br />Meu Deus, a D. Deolinda quando ouviu aquelas palavras ficou como se tivesse escutado a palavra do Senhor na sua própria voz, pelo menos a G.N.R não ia ser chamada a intervir, e assim sendo nem que tivesse que dar uns bons contos de Reis ao padre pelo menos preservaria a sua boa imagem.<br /><em>-“Ai Sr. Abade, eu vou já mandar a criada comprar roupa para o senhor e enquanto isso vou ali ao banco levantar algum dinheiro para repor o seu prejuízo.”<br />-“Quanto é que esses gatunos lhe levaram???”<br />-“Treis contos de rei, o fato, os sapatos, as ciroulas, e o txapéu.”</em><br /><br />Bem como devem imaginar o Padre Bravo voltou á “Corga” com um fato, umas ceroulas, uns sapatos e um chapéu tudo novinho em folha. Trouxe ainda como brinde três recos que eram um mimo e dois contos de reis no bolso que foi o que sobrou da compra dos suínos, da merenda que comeu com o criado na feira e da roupa que comprou para ele, para a Germana, e para o criado que bem a mereceu depois da ajuda que deu ao amo.<br /><br />Meus amigos disto… só na “Corga” e já agora nunca duvidem que:<br /><br /><center><br /><em>“Bale mais um ano na Corga c’a sete in’ Cuimbra”<br /><br />Boas Noutes…!!!<br />Inté brébe…</em></center><div class="blogger-post-footer">BLOG PAIS BARROSAO</div>Brejnevhttp://www.blogger.com/profile/16592606698734408263noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-14068495.post-1168630296598297032007-01-12T19:29:00.000+00:002007-01-12T19:31:36.620+00:00Bai lá bai, que até a barraca abana!Numa noite passada num café das Boticas, estava um grupo de matchos barrosões a falar de sexos e f*d*s, também do desprezo pelas p**eleiragens das lesbicas, mas que um cuzinho de gaja que até é bem bom, quando um destes rapagões se põe a dizer que era capaz de enr*bar cu de gajo, apesar de não ser paneleiro!<br /><br />Começam a ateimar uns com os outros que semelhante coisa não seria possível, confusão, vozes altas, quando um malandro maior se propõe a dar o cU ao rapazão, ateimando que ele não seria capaz de o enr*bar, mas que só o faria diante de aposta!<br /><br />Fazem a aposta, para ser logo ali, o malandro maior baixa de repente as calças e as cuecas, vira as costas ao rapazão, e começa a dizer-lhe: malha-lhe, zimbra-lhe, f*de aí, anda lá, quero ver essa m*rda no ar!<br />O rapazão saca da gaita, mas apesar do incitamento do outro, não conseguia erguer a grua, talvez pelas risadas no café, ou porque realmente cu de gajo não lhe levantava o pau (esqueceu-se da sua costela de barrosão?)!Perdeu a aposta o rapazão, aposta que não era de contos ou euros, mas sim de 12kg de vitela para uma borga, claro!<br /><br />Onde mais, senão nas Boticas, se apostaria um enr*banço por 12kg de vitela?História berdadeira!<div class="blogger-post-footer">BLOG PAIS BARROSAO</div>Brejnevhttp://www.blogger.com/profile/16592606698734408263noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-14068495.post-1149453807128547982006-06-04T20:21:00.000+01:002006-06-05T01:33:17.963+01:00O Cântaro da Vila D'Abril...<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://photos1.blogger.com/blogger/6659/1261/1600/BANDA%20MUSICAL%20DE%20PARAFITA%202005.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer;" src="http://photos1.blogger.com/blogger/6659/1261/320/BANDA%20MUSICAL%20DE%20PARAFITA%202005.jpg" alt="" border="0" /></a><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://photos1.blogger.com/blogger/2988/1295/1600/BANDA_1949.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer;" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2988/1295/320/BANDA_1949.jpg" alt="" border="0" /></a><br />A Sra. da Vila d'Abril foi em tempos uma festa a qual reunia duas ou três freguesias em harmonia uma vez ao ano.<br />Como nunca pode deixar de ser depois da santa, a estrela da dita celebração sempre foi a Banda da <span style="font-style: italic;">corga </span>a qual naquelas tempos era sò para festividades de grande estofo jà que para alèm do famoso tocador (acordeonista) não havia outra forma de por as raparigas a dar à perna, o qual era a alegria dos rapazes, jà que podiam disfrutar do <span style="font-style: italic;">roussa,roussa </span>uma tarde-noite inteira.<br />Bem mas vamos passar à història do Joao Barral na festa da Sra da Vila d'Abril.<br /><br />Era Agosto e o calor infernal desta època em Barroso nao perdoa .<br />Terminada a missa em S. Pedro era hora de sair com a procissao atè à capela da santa a qual està metida no monte a mais ao menos 2km da aldeia .<br />Formada a frente do dito cortejo pelos andores , o padre, e as beatas atràs formava a banda seguida pelos devotos.<br />Bem, com a banda formada e tudo a postos, là saiu a prossiçao atè ao ao santuàrio mas...<br />Como o calor era tanto, quando começou a subida do monte, a banda em pleno <span style="font-style: italic;">Queremos </span><span style="font-style: italic;">Deus</span> começou a falhar.<br />O mordomo ao ver e ouvir tal desgraça vira-se para a filha e diz:<br /><span style="font-style: italic;">" Ò moça bai a casa e tràz um cântro de binho p'ràmuseca"</span><br />A rapariga là foi e na volta, colocou-se na frente do mestre jà que nao se podia parar o cortejo .<br />Ora o Joao do Barral ao ver o cântaro cheinho de revitalizante à sua frente nao tem mais nada e começa a arrefifar no trombone que aquilo atè o <span style="font-style: italic;">Queremos Deus </span>saía cantado .<br />Diz-se que houve músicos que chegaram a ultrapassar o maestro com a ansia de chegar ao tinto fresquinho depositado no recipiente o qual a catraia transportava a sobre-ombro.<br />Bem dali atè ao santuàrio a banda nunca mais falhou e o cortejo correu de maravilha.<br />Chegados ali a tradiçao era entrar o andor da santa acompanhado pela banda e assim se fez. O problema foi quando os devotos ao pousar o andor tombaram uma vela acesa em cima do altar a qual, como è evidente pegou fogo à toalha divina que cobria o mesmo.<br />Atrapalhada a filha do mordomo ao ver tal desgraça nao tendo mais nada a mao, agarra no cântaro e prega com o vinho no fogo com intençao de apaga-lo .<br />O desgraçado do Barral ao ver tal desgraça atira com o trombone para o chao, rompe à catraia e arrefifa-lhe um par de estalos dizendo:<br /><span style="font-style: italic;">"À sua putòria atao um home bem p'roai d'acima cansado e tu pregas c'obinho na tualha?"</span><br />Bem armou-se ali uma confusao tal que à meia volta sò se viu o Barral de cangalhas no meio da capela e o mordomo com uma navalha na mao decidido a pôr as tripas ao sol ao agressor da filha.<br />Bem mas como sempre as coisas arranjaram-se e a banda là bebeu ,comeu,tocou,e recebeu pelo seu trabalho.<br />Com todo o respeito do mundo escrevi esta història do Barral e desde aqui mando um grande abraço a todos os antigos mùsicos da banda da minha terra que sem eles ela nunca teria existido .<br />Para o meu amigo Chapa mando tambem um abraço bem aprtado e peço desculpa pelas poucas històrias que escrevo ultimamente jà que sei que ele disfruta muito ao lê-las.<br /><br /><span style="font-style: italic;"> Boas Noutes</span><div class="blogger-post-footer">BLOG PAIS BARROSAO</div>Anairamhttp://www.blogger.com/profile/15083359386199060758noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-14068495.post-1147249488977541462006-05-10T09:23:00.000+01:002006-05-10T20:43:33.183+01:00Carta de foro de Parafita de Barroso, dada por D. Afonso III, em 31 de Maio de 1268<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://photos1.blogger.com/blogger/6659/1261/1600/S_Romao_Abr_2005_%20004.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer;" src="http://photos1.blogger.com/blogger/6659/1261/320/S_Romao_Abr_2005_%20004.jpg" alt="" border="0" /></a><br />Livro I de Doações de D. Af. III, f. 89 v e 90, col. 1.<br /><br />Nouerint vniuersi presentem cartam inspecturi quod ego Alfonsus, dei gratia Rex Port. et Algarbii, do et concedo uobis Iohanni Aprilis et uxori uestre Marie Pelagii et Petro Petri et vxori uestre Marine Pelagii, unum meum casale quod habeo in Villa de Petra Fita, cum omnibus iuribus et pertinenciis suis ad forum quod uos et omnes successores uestri detis inde mihi et omnibus successoribus meis annuatim quartam partem de omni fructu quem Deus ibi dederit, excepto de creancia de ganato et de oleribus pro ad comedendum, et detis inde mihi annuatim pro festo Sancti Iohannis Baptiste unum bragale. Et debetis uocare meum maiordomum ad totum meum directum. Et debetis mihi dare eyradigam et rendam per consuetudinem terre. Et debetis tenere ipsum casale bene populatum et habere illud in perpetuum et facere inde supradictum forum. Et non debetis ibi creare filium militis nec domne generose nec helemosinare nec testare nec uendere nec implazare generosis nec ecclesie nec ordini, nisi tali homini laboratori qui mihi et successoribus meis faciat supradictum fórum. In cuius rei testimonium dedi predictis istam meam cartam apertam. Data Vlixbona, II kalendas Iunii. Rege mandante, per domnum Stephanum Iohannis, Cancellarium, et per Valascum Menendi Vicemaiordomum. Vincencius Fernandi notuit. Era M.ª CCC.ª VI.a<br /><br />Tradução:<br /><br />Saibam todos os que virem a presente carta que eu, Afonso, por graça de Deus Rei de Portugal e do Algarve, dou e concedo a foro, a vós, João Aprilis, e à vossa esposa, Maria Pelagii, e a Pedro Petri e à vossa esposa, Marina Pelagii, um meu casal que tenho na vila de Parafita, com todos os seus direitos e pertenças, sob a condição de que vós e todos os vossos sucessores me deis e a todos os meus sucessores, anualmente, a quarta parte de todo o fruto que Deus aí der, exceptuada a criação do gado e as couves para comer, e me deis, anualmente, um bragal, por ocasião da festa de São João Baptista. E deveis chamar o meu mordomo, para recolher todo o meu direito. E deveis dar-me a eiradiga e a renda, conforme o costume da terra. E deveis ter o casal bem povoado e possuí-lo perpetuamente e fazer dele o supradito foro. E não deveis criar aí filho de militar ou de dama nobre, nem dar de esmola, nem deixar em testamento, nem vender, nem emprasar, a nobres ou igrejas ou a ordem religiosa, mas somente a homem trabalhador que faça o respectivo foro, a mim e todos os meus sucessores. Em memória do estabelecido, dei aos referidos esta minha carta aberta. Dada em Lisboa, no dia dois das calendas de Julho (31 de Maio). Mandando o Rei, pelo Chanceler, D. Estêvão Johannis, e pelo Vice-mordomo, Vasco Menendi. Vicente Fernandi notou. Era de 1306 (1268 da era actual).<div class="blogger-post-footer">BLOG PAIS BARROSAO</div>Brejnevhttp://www.blogger.com/profile/16592606698734408263noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-14068495.post-1141496070088187452006-03-04T15:51:00.000+00:002006-03-04T18:14:30.136+00:00Cao que nao ladra... lavraOra o Sr.Domingos do Pinto (cantoneiro), como tinha um irmao casado na Vila da Ponte andava muito por aqueles lados jà que na altura estava solteiro e como è evidente procurava fêmea que nao o conhece-se jà que na terra o mercado estava um pouco complicado dado à brutalidade ,e inocência do jovem .<br />-Bem chegado quase o fim do Verao e com ele o fim das festas e romarias o amigo <em>"cantoneiro"</em> viu que se le passava mais um ano da vida sem arranjar casamento, e como jà nao havia festas nao havia desculpa para sair aos domingos à caça de<em> "pachacha "</em>certa ou melhor à caça de<em> ganadus fêmeus .</em><br />Chegada a altura do arranque das batatas o amigo <em>"cantoneiro"</em> resolveu juntar duas ou três mulheres e ir atà à Vila da Ponte ajudar o irmao e quem fize-se falta porque o importante era estar o maximo tempo possivel naquela aldeia dado a que havia por là umas pêssegas jà casamenteiras e com todo o charme que ele tinha pudesse enganar uma delas e levà-la para a "<em>corga".</em><br />Mas o problema è que uma das geirantas que ele levou là da terra era a conhecida Jùlia do Barral que por dà cà aquela palha mandava tudo para o caralho ou p'rà con.... se fize-se falta.<br />Bem um dos dias andavam a cavar e o amigo <em>"cantoneiro"</em> estava a ficar para tràz dos outros homens dado a que :<br />1º-Trabalhar no duro nao era o seu forte.<br />2º-Depois de comer um prato de chanfaina e mamar 1,5l de vinho ao almoço com o calor a apertar ainda muito menos apetecia vergar a mola.<br />3º-As noites de baile que passava com as moças da V. da Ponte ao toque da concertina reflectian-se durante o dia pois com sono nao se pode trabalhar.<br />Bem o caso è que a Jùlia andava a apanhar (as batatas calaro) atràz dele e como o amigo jà nao dava abasto à apanhadeira ela levanta-se e diz :<br />-"<em>Hò cantuneiro anda là filhadaputa perguisoso do caralho ...Japao...."</em><br />Ò meus amigos o "<em>cantoneiro"</em> atira com a enxada para o lado (o que me parece que morto por isso estava ele), rompe à Jùlia do Barral ,manda-lhe as manàpulas ao nò das couves e diz:<br />"-<em>Hà puta qu'temato atao eu aqui a dezer a estas esfomiadas qu'ebòssois minha'scriadas e tu txamasme Japao??? Ègua do caralho."</em><br />Atira com a Jùlia de patas ao ar no meio da terra e desaparece dali muito ofendido indo deitar-se a uma sombra ao lado do rio .<br />Bem à noite là aparece o <em>"cantoneiro"</em> ,entra no sobrado onde todos estavam jà a comer e com cara de poucos amigos e uma saca de plàstico metida no olho da enxada diz:<br />"-<em>Boumimbora"</em><br />O irmao levanta-se da mesa e diz :<br />"-<em>Hò Demingos tus'estàs tolo assenta-ticome c'arrapariga txorou tod'àtarde à tua conta"</em><br /><em>"-Boumimbora jà t'edixe"</em><br />Bem mas entre todos là convenceram a fera ferida pelo menos a cear jà que a viagem era longa dali à "<em>corga"</em> e faziam falta forças depois de vàrios dias de pulo e trabalho .<br />Quando terminou despediu-se de toda a gente e saiu porta fora .<br />Ao chegar ao fundo das escadas reparou que havia uma silhueta femenina reflectida no contraste do luar com o escuro da noite e disse .<br /><em>"-Quem caralh'oestàaì"</em><br />Perguntou um pouco assustado.<br />"-<em>So'uÀrminda"</em><br /><em>"-Ò'rminda boumimbora repariga"</em><br /><em>"-Jà sei e po'risso bim aq'uiabaixo"</em><br /><em>"-P'raquê???"</em><br />Perguntou ele muito admirado.<br /><em>"-Entr'àqui p`ròmeu pàtio q'eu jà to digo"</em><br /> Bem e o nosso amigo là entrou jà com saliva nos cantos da boca ,os olhos arremelados ,os dentes aguçados ,a mao nos botoes das calças,e os pensamentos alterados quando a Arminda le disse.<br /><em>"-È que t'ecria pedir um fabor"</em><br /><em>"-Diz là moça"</em><br />Respondeu o abutre jà todo"<em>espumado"</em> o qual jà parecia mais um porco macho depois do acto do acasalamento que pròpriamente um ser racional desejoso de intruduzir algo em alguma coisa.<br /><em>"-È còmeu belho tem p'àqui um cao que morde e queri-omatar e eu pensei q'etu o podias lobar p`rà corga q'ueu teinho munta pena do bitxo.</em><br />Ò meus amigos o Sr. Domingos do Pinto ficou que nem sabia o que dizer jà que pensava que a Arminda le ia pedir algum favor mais especial ou como quem diz mais carnal.<br />Bem o caso è que como ficou tao atrapalhado disse que sim à rapariguita.<br />Ela la le entregou o bicho e realmente o animal era feroz ,dali à <em>"corga"</em> foi uma guerra constante HOMNIS vs ANIMALIS (desculpem o meu latim).<br />Ao ter-le deixado a cabeça de fora do saco para que o animal pude-se respirar e este fora de tao mà raça que nem ao seu salvador pedoava ;<br />hò meus amigos o bicho deixou aquelas maos ao "<em>cantoneiro"</em> pior que que o gato "<em>micas</em> " quando le comeu o dedo .<br />Aquilo parecia que le tinham andado aos tiros aos presunhos era cada buraco que cabia là um dedo.<br />Bem chegado à<em>" corga</em> "deitou-se na cama o pos-se a matutar como domesticar o bicharoco.<br />Na manha seguinte vai chamar o criado .<br /><em>"-Hò Jaquim andadaì que temos que fazerali um trabalho"</em><br />E como è usual na nossa terra nao sair de casa em jejum depois de comer um naco de pao cada um e mamar meia malga de àgua-ardente là sairam directos ao pàtio onde estava a fera presa.<br />O "<em>cantoneiro</em>" pega numa" <em>travadoira"</em> (corda de atar as cargas), manda-a a uma trave e diz para o criado .<br />"-<em>Agarra'omofilhadaaputa"</em><br />O Joaquim da Deolinda manda as manàpulas ao bicho e este crava-lhe os queixais nas costas dos ditos pressunhos .<br />O Joaquim nao tem mais nada ,levanta o braço fecha a mao e arrefifa uma punhada no alto da torre das pulgas ao animal o qual ficou sem sentidos por uns minutos.<br />Ràpidamente os dois trogloditas passam um nò de correr ao pescoço do bicho e esticando a corda passada na trave le remataram a vida em dois minutos mais .<br /><em>"Bà bamo'sioenterrar</em> "<br />Disse o Joaquim limpando o seu pròprio sangue das maos.<br /><em>"-Nao"</em><br />Respondeu o "<em>cantoneiro".</em><br /><em>"-Baibuscar u'ma inxada e abrum'acoba na cortinha "</em><br />E enquanto o <em>"cantoneiro"</em> tirava a pele ao bicho no pàtio e o outro abria a cova na cortinha escutava-se o brutamontes do Domingos do Pinto gritar:<br /><em>"-Faz um'acoba funda Jaquim"</em><br />Bem depois do cao esfolado e enterrado o "<em>cantoneiro </em>" pega na pele e faz uma molhelha para proteger a cabeça da vaca da madeira do apeiro (jugo) enquanto andava a lavrar ou a puxar o carro.<br />O pior foi no ano seguinte quando foi à festa à Vila da Ponte e a Arminda se encontrou com ele.<br />"-<em>Olh'òsenhor Demingos ¡¡¡¡¡¡"</em><br /><em>"-Atao como bai???"</em><br /><em>"-Boubem menina"</em><br />Respondeu o "<em>carrasco"</em> um pouco querendo falar mas ao mesmo tempo esquivar-se d'ali.<br /><em>"-Olhe e o caozinho que le dei està bonito????"</em><br />O Domingos olha para o Joaquim e no meio de um gaguejo responde:<br /><em>"-Està...està menina... està tao lindo que atè jà vir'orrego e tudo."</em><br /><br /><em>Boas Noutes.</em><div class="blogger-post-footer">BLOG PAIS BARROSAO</div>Anairamhttp://www.blogger.com/profile/15083359386199060758noreply@blogger.com15tag:blogger.com,1999:blog-14068495.post-1139070270609803012006-02-04T14:42:00.000+00:002006-04-03T21:03:32.800+01:00O polegar do "cantoneiro"<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2988/1295/1600/aniversario%20do%20patrao.jpg"><img style="margin: 0px 10px 10px 0px; float: left;" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2988/1295/320/aniversario%20do%20patrao.jpg" border="0" /></a><br /><div align="right">Ora se hà individualidades na <em>"corga</em>" as quais eu admiro uma delas era o "<em>ti cantoneiro".</em></div>Um homem feito e direito o qual eu ainda tive o grande prazer de conhecer na minha infância.<br />Na verdade deu-me muita vez bolachas , rebuçados, e alguma pinguita de vinho também .<br />Isso,isso apesar da minha juventude eu mamava uns traguitos quando ainda nem sequer ia à escola primária .<br />Bem mas isso fica para outro dia porque para dizer a verdade desde pequeno que bebo e ainda não tive a pouca sorte de enjôar o tintol parece que quanto mais trago mais gosto dele.<br />Ora quanto ao "<em>cantoneiro </em>" creio que todos conhecem , ou nao?<br />È isso mesmo è o homem que ficou fechado com a porta aberta no palheiro do Pinto(visitar historial do pais Barrosao).<br />Bem era a altura das matanças e como o <em>"cantoneiro"</em> era o matador de serviço là da<em> "corga"</em> toda a gente lhe devia favores dado a que era ele que matava e desmanchava o <em>"reco"</em> a toda a vizinhança .<br />E è claro chegado o dia da matança do <em>"ti cantoneiro"</em> estava quase todo o povo presente para ajudar a esfarpelar os bichos ao Sr. Domingos do Pinto que era assim que ele gostava que le chamassem.<br />Todos a quem o homem tinha matado o porco estavam presentes,os homens em baixo no pàtio à esprera do patrao para organizar a matança ,e as mulheres em cima na cozinha esperando ordens da patroa da casa para saber que tarefa le tocaria aquele dia.<br />Bem com tudo em ordem e uns maduros bem metidos porque nao se podia começar a matança sem provar o vinho novo que por norma compravam os barrosoes todos os anos là para os lados de Anelhe, Valpaços, ou Carrazedo de Montenegro.<br />Là desceu o <em>"cantoneiro</em> " escadas a baixo e disse:<br />"-<em>Bamos là a eles repaziada"</em><br /><em>"-Bamos q'uènoute ti demingos"</em><br />Respondeu o<em> "chona</em>" jà meio aterdoado com a pinga que tinha mamado na matança anterior a qual se tinha realizado de manha em casa do "<em>becino"</em> que por sinal tinha là um tinto jeitoso o qual tinha entrado na mioleira à malta incluindo o "<em>chona"</em> e o "<em>cantoneiro".</em><br /><em>"bem abre là essa porta"</em><br />Disse o chefe da casa para um deles.<br />Tal como se abre a dita porta sai de là um animal que assustava .<br />Era um suino taludo.<br />Se nao fosse pela ausência dos cornos eu teria chegado a afirmar que aquilo era um bezerro.<br />Bem mas a malta atirou-se logo ao bicho que nao è por ser malta da "<em>corga"</em> mas nunca conheci gente tao destemida e tao resolvida.<br />"<em>Segurai ai caralho q'ueufodo-do jà nunstante"</em><br />Disse o matador jà com a faca na mao e as mangas arregaçadas.<br />Bem e efectivamente tal como le meteu a faca o animal deu logo o corpo ao manifesto e esteirou-se no banco sem dar sinais de vitalidade.<br /><em>"agora este è que bai ser o caralho"</em><br />Comentou o<em> "cantoneiro".</em><br /><em>"-Porquê ti demingos</em> ?"<br />Disse o"<em>ti Joao Carreiras"</em> admirado.<br />"<em>Ai porquê tu jà bais ber ora abre'lhaporta"</em><br /><em>CARALHO¡¡¡¡¡¡¡¡¡¡¡¡¡¡¡¡¡¡¡</em><br />Exclamou toda a gente quando viu a envergadura do segundo animal.<br />Aquilo parecia uma montanha de carne.<br />Atè houve quem comente-se:<br />"<em>Este debe de ser familia ali do albarino caralho"</em><br />Bem mas com o bicho jà dominado e deitado no banco o <em>"cantoneiro</em>"rompeu a ele de faca na mao e ao abarbatar o bicho com a mao esquerda fechando-le a boca para que este nao morde-se ao estar com as ânsias da morte teve um pequeno percalce.<br />Como estava um bocado nervoso dado ao tamanho do animal,e entre o vinho do <em>"becino"</em> e o dele a coisa jà nao ia là muito bem o homem esqueceu-se do seu pròprio dedo polegar dentro da boca do suino.<br />Ora como è evidente o bicho com a dor da morte apertou os queixais e <em>ZÀS .</em><br />Duma dentada sò arranca a cabeça do dedo ao Sr. domingos.<br />"<em>Ò filha da puta que jà ma fudeste"</em><br />Disse o "<em>cantoneiro"</em> puxando a mao para tràz com força .<br />"<em>Ele que foi ti demingos"</em><br />Alguem perguntou ao ver que faltavam peças na mao ao "<em>cantoneiro".</em><br /><em>"-O filha da puta mordeu-me e fudeu-m'acabeca do dedo"</em><br />Respondeu o lesado equanto intruduzia a mao na boca ao animal o qual por sorte jà jazia sobre o banco.<br /><em>"-Olhai p'pàqui repazes fudeume a cabeça do dedo "<br /></em>Dizia o matador enquanto exibia a metade do seu pòprio dedo como de um trofèu se tratasse.<br />Bem mas como o <em>"cantoneiro"</em> era um homem destemido vai e mete a cabeça do dedo no bolso,ata um lenço da mão ao dedo lesado e diz:<br /><em>"_Ora butain-de-me o reco piqueno cà p'rafora que tamen bai c'ocaralho oinje</em>"<br />E là matou o requito abriu os três e dependurou-os na adega .<br />Bem e terminada a sessao la subiram as escadas para <em>"butar um'a bucha" .</em><br />Ora o Sr. Domingos como era assim um bocado tranca-barrancas mete a mao ao bolso e tira o dedo colocando-o no bordo da chaminè para poder lavar as maos.<br />Là lavou os presunhos e sentou-se à mesa esquecendo-se do dedo.<br />Começou a comer e a beber como alarve que era e sò se lembrou do pedaço de dedo quando o "<em>micas"</em> que era o gato da casa jà o tinha atravessado na goela que sendo alarve como o dono quiz tragar tudo de uma vez e engasgou-se.<br />Ao ver aquilo diz o <em>"cantoneiro":</em><br /><em>"- Hà amigo que jà n'umn'olembes"</em><br />E deita as maos ao gasganete ao bicho apertando tanto que o deixou sem vida com o resultado de ficar sem o dedo para recordaçao mas ficando para sempre com uma lembrança do<em> "micas":</em><br />As suas unhas marcadas nas costa das duas maos que aqilo em vez de parecer arranhado mais parecia lavrado porque era cada rêgo que sò visto meus amigos.<br />Disto sò na<em> "corga".</em><br /><br /><em>Boas Noutes</em><br /><br /><br /><em></em><div class="blogger-post-footer">BLOG PAIS BARROSAO</div>Anairamhttp://www.blogger.com/profile/15083359386199060758noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-14068495.post-1134943956364349632005-12-18T20:47:00.000+00:002005-12-18T22:12:36.403+00:00Àgua benta do "rigueiro".<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2988/1295/1600/images.0.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2988/1295/320/images.jpg" border="0" /></a><br />Hora um belo domingo de Pàscoa ...<br /><br />Isso mesmo um domingo Pascal daqueles que se faziam antigamente, com o padre a benzer as casas, o <em>Pica</em> velho com a cruz entrando pelas residências dentro sem pedir licença e dizendo:<br /><em>-"Alèluia, alèluia ,Cisto ressuscitou , alèluia,alèluia..."</em><br />Com o <em>ti Antònio Capela </em>e o<em> Amèlia </em>a segurar as bandeiras, o <em>Galheiro</em> e o <em>Casarao</em> com as adinternas etc...<br />E como sempre a rapaziada nova toda atràz da comandita para que com o pretexto de acompanhar Cristo nosso Senhor mamar uns tintos, uns bocados de pao-de-lò, uns caramelos etc... e concerteza tambem entrar nas casas dos cabaneiros para piscar o olho à filha se este a tivesse.<br /><br />Ora bem isto funcionava mais ao menos assim:<br />Depois de assistir à missa pascal na igreja da freguesia o povo retirava-se cada um à sua aldeia e posteriormente ao seu lar para comer o jantar (almoço) pascal que por uso era diferente do dia a dia jà que se festejava a ressusrreiçao do Cristo Senhor entao estes dias a dona da casa matava uma galinha ou punha uma chouriça ,ou um bocado de salpicao que tinha guardado em conserva para que o tacho fosse um pouco melhorado,e para finalizar fazia um pao de lò e um pudim tudo com matèria prima da casa claro .<br />Apòs o manjar a malta caminhava atè à porta da Capela da aldeia onde se reuniam todos para acompanhar o padre na benza das casas .<br />O grande problema da coisa è que ao contràrio da cruz, das bandeiras, e das adinternas estarem jà repartidas porque eram sempre os mesmos que as levavam ,a caldeireta da àgua benta e a sineta eram sorteadas entre a malta mais jovem no momemto em que o Sr, abade chega-se ao lugar, e è claro que a caldeireta era jà um grande prazer levà-la mas a sineta....<br />ai a sineta....<br />Essa era o sonho de todos os jovens .<br />Levà-la ali à frente da comandita ...<br />Drrrlim ,drrrlim, drrrlim...<br />A dar nas vistas mesmo à frente das filhas dos cabaneiros ,aquilo era como ser o pròprio Cristo em pessoa.<br />Bem numa destas tardes enquanto se esperava a chegada do abade que por certo vinha um pouco pesado dado a que tinha metido um quarto de cordeiro na pele e mais ao menos dois litros de tinto, o rapaz do <em>Pica</em> e o mais novo da<em> Tina da Lisboa</em> andavam jà<em> </em>à bofetada na disputa da sineta jà que os outros nao tinham vota na matèria dado a que estes dois amigos eram os chefes da pequenada na "<em>Corga"</em> .<br /><em>-"A caldeireta lebasiatù q'ueu lobeia ontepassado filha da puta".</em><br />Dizia o da<em> Lisboa.</em><br /><em>-"</em><em>O caralho a caldeireta baisia lubar tu senao fodo-toscornos".</em><br />Respondia o do <em>Pica</em>.<br />Bem chegado o abade apartou os rapazes e decidiu que quem levava a sineta aquele ano seria o da <em>Lisboa</em> por ser mais novo que o outro.<em> </em><br />Depois de tudo organizado e formado là arrancou o cortejo" <em>rigueiro"</em> adiante com os dois pequenos à frente zangados um com o outro.<br />O do <em>Pica </em>ao ser mais velho vai e prega um cachaço no outro que o deixou K.O. por uns segundos ,foi tal a bordoada que atè o padre teve dar corda ao rapaz para que retomasse o toque da sineta.<br />Bem este como nao era boa peça nao fez esperar o do <em>Pica </em>muito tempo pelos trocos e numa distraçao do outro vai o da <em>Lisboa </em>e tranca a perna ao outro.<br />Como è evidente o do <em>Pica </em>bateu de patas ao ar no meio do <em>"rigueiro</em>" entornando a àgua benta na calçeta .<br />Como nenhum dos presentes se apercebeu do que se passou o rapaz do<em> Pica</em> vai e enche outra vez a caldeireta no rêgo da àgua e vai direitinho por-se ao lado da sineta como se nada se tivesse passado.<br />Bem e assim foi a comandita pascal entrando com o Cristo pelas casas bebendo uns bons tintos ,comendo uns bons nacos de pao-de-lò e apalpando o figo às filhas dos lavradores.<br />E como devem imaginar aquele ano os lares ficaram abêncoados com a àgua das minas da rega do povo que concerteza fez o mesmo trabalho que a àgua-benta jà que de demònios e espiritus nao se ouviu falar no povo.<br />Històrias destas sò se podem passar na "<em> Corga</em>" e com protagonistas como estes jà que como devem saber vale mais um ano na <em>"Corga</em>" que sete em Coimbra.<br /><br /><em>Boas Noutes ......<br /></em><div class="blogger-post-footer">BLOG PAIS BARROSAO</div>Anairamhttp://www.blogger.com/profile/15083359386199060758noreply@blogger.com16tag:blogger.com,1999:blog-14068495.post-1132674554754318952005-11-22T15:45:00.000+00:002005-11-22T15:49:58.283+00:00No Comments...<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://photos1.blogger.com/blogger/6659/1261/1600/Bush.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="http://photos1.blogger.com/blogger/6659/1261/400/Bush.jpg" alt="bush" border="0" /></a><span style="font-style: italic;">"Atrapalhado após discurso, Bu$h tenta sair por uma porta fechada..."</span><div class="blogger-post-footer">BLOG PAIS BARROSAO</div>Brejnevhttp://www.blogger.com/profile/16592606698734408263noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-14068495.post-1120921180014454282005-11-20T15:53:00.000+00:002005-11-22T15:51:12.806+00:00António Lourenço Fontes - Uma alma barrosã<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/6659/1261/1600/padrefontes.jpg"><img style="margin: 0px 10px 10px 0px; float: left;" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/6659/1261/320/padrefontes.jpg" border="0" /></a><br />Não resisti a publicar esta autobiografia de António Lourenço Fontes, um barrosão de alma e coração, que muito fez por esta região e com o qual muito me identifico em mutios aspectos, além de ser seu amigo.<br />Esta biografia foi publicada na versão digital do seu Notícias de Barroso. É um texto recente e apetece oferecê-lo assim aos nossos leitores - uma pérola - na íntegra, sem mais demoras:<br /><br /><br />AO CANTO DE UM ESPELHO - UM PADRE BARROSÃO<br /><br /><br />«1. <strong><span style="font-family:Verdana;">António Lourenço Fontes</span></strong>.<br />Nasci em Cambezes do Rio, concelho de Montalegre. O mais bonito da minha terra<br />é a igreja, as casas velhinhas, a gente e seus usos, saberes e falares, as paisagens sobre o vale do Cávado, os montes que subi.<br /><br />2. Nasci a 22.02.40. Centenário da Restauração e independência. Ergueram-se cruzeiros a comemorar. Sou signo Piscis. Aprendi a nadar em todas as águas.<br /><br /><div align="left">3. Marcaram-me companheiros da escola: o João do Zindinho, na juventude; o<br />Domingos D. Batista, no Seminário. Na escola primária não fiz a 3ª classe, passei da 2ª para a 4ª por iniciativa da professora. Chamavam-me os meus irmãos: sapo, por ser pequeno, andar devagar; mais tarde padre do Grilo, pela alcunha de meu pai, O Grilo de Cambezes.<br /><br />4. Poucos desportos pratiquei, eram proibidos alguns. Em criança joguei todos os jogos infantis da região. De jovem gostei de voleibol. Hoje tentei parapente, mas a idade e o reumático não o aconselham. Gosto de montanhismo, sendeirismo. </div><div align="left">Gostar de cinema, nem por isso, dá-me sono nalguns. Gosto muito de teatro nas aldeias, sobretudo o popular. Na minha juventude gostava de ouvir e cantar o folclore da região e do Minho.<br /><br />5. Nunca me vi em nenhuma profissão, dado que o sacerdócio me absorve a vida toda, e tentei aprender de tudo um pouco para ser mais útil a mim e à sociedade.<br /><br />6. Episódios românticos: nos serões das férias de Natal, os encontros com a rapariga que sonhava, e as cartas que escrevia, com tinta invisível ou com códigos para ninguém ler.<br /><br />7. Na juventude sobrepunha-se na política Salazar, na igreja João XXIII, no escutismo Baden Powel, na Santidade S. Teresa, na música Padre Minhava, na literatura Camilo Castelo Branco, no cinema Mario Moreno.<br /><br />8. Os tabus na juventude eram muitos: tudo o que sabia bem, ou era proibido ou era pecado.<br /><br />9. As maiores influências de professores vieram-me logo da profª primária, D. Laura A.F. No Seminário: Padre Minhava, Mons. Serafim, Padre Mendes.<br /><br />10. Supersticioso de nascença, vou corrigindo dia a dia os mitos que herdei, de forma a não aceitar, nem fazer qualquer acto ou decisão por simples crença, magia, ou superstição.<br /><br />11. Recordo às vezes acidentes de carro, de que me tenho saído são e salvo; recordo ter sido expulso do Seminário e ser readmitido sem saber porquê. Ouça esta confissão com o Alleluia de Haendel.<br /><br /><br /><em><b><span style="font-family:Verdana;">2ª parte </span></b></em><br /><br />1. Sou padre católico por vocação, onde muita casualidade contribuiu. Nunca senti frustração.<br /><br />2. Tudo colaborou nessa vocação: ambiente familiar, escolar, seminarístico. A vida confirmou e completou o que aí iniciei e a vida me deu.<br /><br />3. Sinto-me realizado na vida paroquial que me destacou o Bispo. Nesta profissão - vocação marca-me mais que tudo, ver despertar a fé nas pessoas, quase sempre pela via material, económica, cultural, social. É também a maior alegria e maior gosto: não pregar a estômagos vazios. O maior desgosto é ver sofrer as pessoas e não lhes poder valer, não aceitarem a minha ajuda, sugestão, orientação, religião.<br /><br />4. O que mais me ocupa é ler e escrever, fazer o Notícias de Barroso, agora desde 2000 atender, em vez da sacristia, no Hotel rural em Mourilhe, conviver com todos na taberna, ao serão, à roda da lareira, hoje um pouco a internet, tocar violino, piano, raras vezes.<br /><br />5. A maior actividade é fazer amizades. Eu quero ter um milhão de amigos, como o Padre Zezinho. O que mais valorizo nos amigos e em mim é dar amizade sem nada esperar. Recebo de muitos amigos força, carinho, presença, ajuda, ânimo para dar andamento e sentido a cada dia. Destaco, entre muitos amigos, por exº o Tuto do Serralheiro, companheiro, solidário, espertador de valores.<br /><br />6. Viajei de boleia desde os 15 aos 25 anos de carro. Gostava de falar com outras gentes e culturas. Gosto de viajar de comboio, pela mobilidade, facilidade de contactos, menos curvas, assentos mais duros e sãos. Viajo de avião por necessidade. A viajem que mais me agradou e mais distante fiz foi à Tailândia, China, e Novo México, Rio de Janeiro, e ver aplaudir a paisagem e o Cristo Rei.<br /><br />7. Para mim a ecologia é a defesa da qualidade de vida que nos advém da protecção e amor à Natureza Mãe.<br /><br />11. Na gastronomia aprecio carne, com certificado de região demarcada: mirandesa, barrosã, arouquesa, maronesa, grelhadas.<br /><br />12. Ouço diário a RBA, RM-Montalegre, Antena 1, RR, TSF no carro e gosto muito dos noticiários, dos debates.<br /><br />13. Como é possível fazer felizes as pessoas? Respondo, amando-as, ouvindo-as, dando a mão, seguindo os planos de Deus: verdade, Amor, serviço. Não ter ambições impossíveis. Armazenar apenas os gostos, esquecer os desgostos, ser optimista, ver tudo por esse prisma...<br /><br />14. Gosto de satisfazer todas as curiosidades minhas e dos outros a meu respeito. Não oculto a face que está por detrás do espelho a ninguém.» </div><div align="left"></div><div align="left">..............................<br /></div><p></p><div class="blogger-post-footer">BLOG PAIS BARROSAO</div>Brejnevhttp://www.blogger.com/profile/16592606698734408263noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-14068495.post-1131411825644728492005-11-08T00:58:00.000+00:002005-11-09T09:51:15.296+00:00Presidenciais... (A única vez que este assunto será referenciado neste blog!)<p><br /><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/6659/1261/1600/cavaco2.png"><img style="WIDTH: 206px; CURSOR: hand; HEIGHT: 251px" height="278" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/6659/1261/320/cavaco2.png" width="225" align="bottom" border="0" /></a><br /></p><br /><p><br /><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/6659/1261/1600/al.jpg"><img style="CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/6659/1261/320/al.jpg" align="bottom" border="0" /></a><br /></p><br /><p><br /><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/6659/1261/1600/soares1.png"><img style="CURSOR: hand" height="286" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/6659/1261/320/soares1.png" width="293" align="bottom" border="0" /></a><br /></p><br /><p style="COLOR: rgb(0,0,0)"><em>«Mário Soares - como ele próprio não se cansa de recordar, a título de prova de vida - passou estes dez últimos anos sem resguardo algum: fez uma fundação, foi deputado europeu, publicou dez livros (!), viajou, fez conferências, palestras, presidiu a comissões, desfilou contra a Guerra do Iraque. "Puf!" - suspira Cavaco Silva, com desdém, ao relembrar as andanças do seu rival -, "um político profissional no seu pior!</em></p><br /><p style="COLOR: rgb(0,0,0)"><em>" Ele, Cavaco, fez o inverso: tratou de acabar a sua vida académica tranquilamente, publicou um livro, após sair do governo e onde inventariou as "reformas de uma década", que jura ter feito, mas que, curiosamente, são hoje universalmente reconhecidas como as mais urgentes ainda por fazer, e reservou-se para ocasionais aparições públicas, sempre devidamente publicitadas pelos inúmeros homens-de-mão que deixou semeados pela imprensa e sempre recebidas pela pátria como verdadeiros textos de referência, senão mesmo de culto. </em></p><br /><p style="COLOR: rgb(0,0,0)"><em>Soares falou tanto nestes dez anos que não nos lembramos de coisa alguma marcante que tenha dito. Cavaco falou tão pouco que, para a história, ficou apenas aquela frase dos tempos de governação de Santana Lopes de que "a boa moeda deve afastar a má". Foi um pensamento profundo e corajoso: antes dele, ninguém ainda tinha pensado numa coisa dessas e ninguém ainda se tinha atrevido a questionar os méritos governativos de Santana Lopes e do seu extraordinário séquito. Disse também outra coisa (hoje convenientemente apagada dos registos pelos seus fiéis), estava a sua amiga Manuela Ferreira Leite a tentar controlar o despesismo público e os défices suicidários do Estado: disse que o que era preciso eram políticas keynesianas, de "contraciclo" e acrescidas despesas públicas. </em></p><br /><p style="COLOR: rgb(0,0,0)"><em>Há dez anos que todos sabíamos que Cavaco voltaria a candidatar-se à Presidência da República, assim que Jorge Sampaio desimpedisse o caminho - porque, tirando o inevitável holocausto de 95, contra o mesmo Sampaio, e a que não tinha maneira de se furtar, ele sempre foi homem dos combates com vitória assegurada à partida. Este seu novo e ridículo tabu com as presidenciais, este patético arrastamento da notícia formal da candidatura, quando já tudo estava pensado ao pormenor e ele ainda fingia estar em reflexão, só serviu para demonstrar duas coisas: uma, que Cavaco conhece e usa todos os truques da política, que afecta desdenhar; outro, que entre os seus truques preferidos está a gestão do silêncio, até ao limite do possível. </em></p><br /><p style="COLOR: rgb(0,0,0)"><em>Não há lugar mais político do que a Presidência da República. É um lugar destinado exclusivamente a fazer política, não a governar ou a fazer obra. É por isso que a candidatura de Cavaco Silva gera tanto desconforto, tanta desconfiança e tanta insegurança em tanta gente: porque quem se candidata ao cargo se afirma, pessoal e estruturalmente, contra a própria natureza dele e, por conseguinte, nos deixa a tentar adivinhar que agenda secreta será a sua, uma vez na Presidência. Sempre foi assim, também, nos seus dez anos de governo. Cavaco Silva sempre desprezou as ideias políticas, o debate, a ideologia, a agenda, a definição de um horizonte ou de um projecto para Portugal. Quando questionado, respondia com os 1400 quilómetros de estradas novas, os 210.000 carros comprados, as 600.000 criancinhas nascidas durante os seus anos de esplendor. Nunca aceitou debates, nunca perdeu tempo com o Parlamento, nunca se submeteu a entrevistas difíceis.<br /></em></p><p style="COLOR: rgb(0,0,0)"><em>Quando precisava de cuidar da imagem ou da mensagem, reservava-se para entrevistas exclusivas na televisão pública com o seu conselheiro de imagem ou com a sua adida de imprensa. Assim criou o mito do homem infalível, demasiado ocupado a resolver os problemas do país para se desgastar em explicações avulsas ou na inútil encenação democrática. Para essas tarefas menores, Cavaco contou sempre com um fiel exército de "guardas da revolução", que hoje reemergem outra vez à superfície, tal como, diga-se em abono da verdade, reemergem os cortesãos de Soares.<br /></em></p><p style="COLOR: rgb(0,0,0)"><em>Uma das especialidades de Cavaco Silva foi sempre a de dar homens por si. Se Cavaco nunca teve uma ideologia nem sentiu necessidade de a ter, o cavaquismo teve-a. Para quem já esqueceu ou finge ter esquecido, convém relembrar o que era a substância intelectual e política do cavaquismo. O mesmo Cavaco Silva que hoje se afirma contra a partidarização do aparelho do Estado, foi o primeiro-ministro que inaugurou a moda recente de distribuir todos os cargos públicos (excepto os das "forças de bloqueio", que se lamentava de não conseguir controlar) pelos fiéis do partido e do chefe, enquanto ele, como escreveu o seu fiel António Pinto Leite, afectava dedicar-se unicamente ao "culto solitário e obsessivo do interesse nacional". Enquanto o próprio Cavaco Silva se vangloriava de ter "devolvido Portugal ao mundo" e se gabava de ter feito de Portugal um "oásis" de progresso no meio da decadência do mundo, os seus fiéis ocupavam, sem pudor nem temor, todos e cada um dos cargos do Estado, das empresas públicas, das sinecuras regionais.<br /></em></p><p style="COLOR: rgb(0,0,0)"><em>Na RTP, totalmente governamentalizada, Roberto Leal, vestido de minhoca branca, pulava e saltava, cantando o refrão "nós já temos Cavaco e maioria" - antes mesmo das eleições. E o ministro Fernando Nogueira, então "número dois" e delfim do cavaquismo, explicava candidamente que não havia ocupação alguma do aparelho de Estado, já que ele não conhecia "um génio, uma pessoa invulgarmente dotada, que não esteja ocupada". Ele, por exemplo, estava apenas "muito empenhado em dar a sua contribuição individual para um projecto colectivo protagonizado pelo Professor Cavaco Silva... numa unidade ideológica que causa inveja aos adversários".<br /></em></p><p style="COLOR: rgb(0,0,0)"><em>Porque tudo se resumia a essa tarefa patriótica da unidade ideológica e serviço ao chefe, como ensinava aos deputados do PSD o líder parlamentar da maioria de então, Montalvão Machado: "Uma das prioridades dos deputados sociais-democratas deve ser a promoção da imagem de Cavaco Silva." Eram os tempos, recordo, em que o primeiro-ministro, Cavaco Silva, abria o telejornal da RTP, então estação única e pública, para declarar: "Estou em condições de dizer aos portugueses que o preço da gasolina vai baixar quatro escudos por litro.</em></p><br /><p style="COLOR: rgb(0,0,0)"><em>" E eram os tempos, também, em que o mesmo primeiro-ministro propunha uma Lei do Segredo de Estado, felizmente abandonada, em que os aumentos de preço dos combustíveis, dos impostos, das taxas de juro e "outros rendimentos do Estado", bem como a contracção de empréstimos por parte da República ou das Regiões Autónomas, passariam a constituir matéria abrangida pelo segredo de Estado. Assim ia a democracia, nos gloriosos tempos de então. E é por isso que, lembrando-me de coisas de então, agora que, segundo as sondagens, Cavaco Silva se prepara para ser meu Presidente da República nos próximos dez anos, eu acho que chegou a altura de lhe exigir o fim do silêncio conveniente.<br /></em></p><p style="COLOR: rgb(0,0,0)"><em>Gostaria de saber o que pensa ele de Portugal: da justiça, da educação, da desordem territorial, da reforma da administração pública, da regionalização, do aborto, da Ota e do TGV. E o que pensa do mundo: do Iraque, do combate ao terrorismo, das relações com os regimes corruptos de África, da imigração, da adesão da Turquia à Europa, da deslocalização de empresas, da futura guerra contra o Irão.<br /></em></p><p style="COLOR: rgb(0,0,0)"><em>Numa palavra, gostaria de saber que ideias tem ele, o "não-político", sobre a política. Será pedir de mais a quem quer ser Presidente da República? P.S. - Nos tempos do "Grande Ceausescu", andava em reportagem pela Roménia e pedi uma entrevista ao ministro dos Estrangeiros. Responderam-me que as perguntas só por escrito, previamente, e as respostas só por escrito, posteriormente. O mesmo sistema acaba agora de ser instaurado na Câmara do Porto pelo dr. Rui Rio. Gostavam muito da "maneira de fazer política" dele, não gostavam? Pois agora aprendam!» </em></p><br /><div style="COLOR: rgb(0,0,0); TEXT-ALIGN: right"><span style="font-size:78%;"><em><strong>"in Público".</strong></em></span></div><p style="COLOR: rgb(0,0,0)"></p><br /><p style="COLOR: rgb(0,0,0)">Ainda bem que existe um candidato chamado Manuel Alegre!</p><div class="blogger-post-footer">BLOG PAIS BARROSAO</div>Brejnevhttp://www.blogger.com/profile/16592606698734408263noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-14068495.post-1131409834062728702005-11-08T00:30:00.000+00:002005-11-08T00:41:49.920+00:00Chegas de bois têm relatador no Barroso...<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://photos1.blogger.com/blogger/6659/1261/1600/fmoura001.0.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer;" src="http://photos1.blogger.com/blogger/6659/1261/400/fmoura001.jpg" alt="" border="0" /></a><strong></strong><span style="font-size:78%;">(retirado do JN de 7-11-05)</span><br /> <strong><br /><span style="font-size:100%;">TRADIÇÃO »» </span></strong><span style="font-size:100%;">Gravações passam na íntegra, num programa de rádio, aos sábados.<br /> Até já há campos especiais para o efeito.<br /><br /><br />"Ora bem, já temos o boi mirandês do Jorge do Antigo no campo.... está tratado (bem alimentado) e traz os cornos bem afiados... vai liar (lutar) com o rascalho dos Padeiros, não sei o que irá dar... este tem os cornos virados para o ar e o outro para a terra...vamos lá ver, vamos lá ver...".<br /><br />Com uma mão no bolso e outra num pequeno gravador para o qual fala, arrastando as palavras, Fernando Moura vai dando pequenos passos para a frente e para trás. Entretanto, o boi rascalho chega ao campo. De rompante. Mas pára a escassos metros do adversário. Fernando volta a carregar no "rec". "Eles aí estão com as cerimónias da praxe...", relata para descrever a troca de olhares entre os animais. Em volta do terreno, numa espécie de campo de futebol, de terra batida, circunscrito por barras de ferro, por questões de segurança, as pessoas que assistem começam a emitir sons com os lábios para acirrar os animais.<br /><br />Alguns segundos depois... "Pronto! Já estão pegados!", diz para o gravador Fernando Moura, cravando os olhos na luta que o rascalho e o mirandês protagonizam. O público grita. Pelo rascalho, uns. Pelo mirandês, outros.<br /><br />Estas são cenas de uma chega de bois, que, ontem, teve lugar em Vilar de Perdizes, em Montalegre, e Fernando Moura é o único relatador de chegas da região. Em diferido. As gravações de Fernando Moura passam, na íntegra, no programa "Espaço Público-Chegas de Bois", emitido, há cerca de três anos, em dois horários distintos, (8.30 e 19 horas), na Rádio Montalegre (RM), ao sábado.<br /><br />É um sucesso de audiências e a prova do peso que estes espectáculos têm na região. "Já tivemos pessoas de Chaves que vieram cá pedir-nos cassetes com as gravações", revela um jornalista da RM. <strong><br /><br /><span style="color: rgb(0, 0, 153);">Desporto-rei</span></strong><br /><br />Considerado o desporto-rei do Barroso, as chegas de agora têm muito pouco a ver com as de antigamente, quando a luta se fazia entre os chamados bois do povo e num ano inteiro havia pouco mais de quatro ou cinco. Hoje, há chegas praticamente todos os fins-de-semana, os bois pertencem a privados e até foram criados campos especiais para o efeito (os chegódromos), onde a entrada, por pessoa, custa cinco euros. Fernando Moura está em todas.<br /><br /> "Desde pequenino que sou apaixonado por isto!", justifica este homem de 70 anos, que, em 1995, editou um livro onde relata "as 167 chegas da sua lembrança".<br /><br />Já agora, a chega entre o rascalho e o mirandês demorou três minutos e vencedor foi o rascalho. "Demorou pouco, mas foi boa!", diz Fernando Moura.<br /><br /></span> <div style="text-align: right;"><span style="font-size:78%;">(retirado do JN de 7-11-05)</span><br /></div><div class="blogger-post-footer">BLOG PAIS BARROSAO</div>Brejnevhttp://www.blogger.com/profile/16592606698734408263noreply@blogger.com11tag:blogger.com,1999:blog-14068495.post-1130412500460983672005-10-27T12:19:00.000+01:002005-10-28T19:35:41.620+01:00Um barrosão com mística...<span style="font-size:78%;"> (Este texto foi publicado no Diário dos Açores de 26-10-2005)</span><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://photos1.blogger.com/blogger/6659/1261/1600/cesar.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer;" src="http://photos1.blogger.com/blogger/6659/1261/320/cesar.jpg" alt="" border="0" /></a><span style=";font-family:trebuchet ms;font-size:85%;" >A Escola Antero de Quental nos Açores conseguiu mais uma vez ser a melhor escola dos Açores no Ranking dos exames nacionais, mas foi em Física que conseguiu os melhores resultados. Aliás, está visto que Física é um caso a estudar nos Açores em termos do sistema de ensino: de 18 escolas que foram a exames nacionais este ano, essa disciplina conseguiu obter os melhores resultados em 4. Na Escola Domingos Rebelo a média geral atingiu os 143,4, o melhor resultado da Região e o 38º do país, e na Antero de Quental atingiu os 141,5, o segundo melhor da Região e o 46º do país.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">César Alves</span>, um jovem professor de 31 anos, <span style="font-weight: bold;">natural de Parafita, Montalegre em Trás-os-Montes</span>, é um dos obreiros desta vitória. Professor na Antero de Quental pelo quinto ano, não esconde que é exigente mas também não tem dúvidas em afirmar que o sucesso depende de múltiplos factores.<br /><br />Desde logo, da própria escola: "há aqui uma certa mística", diz a sorrir, sentado numa das carteiras do Museu de Física, uma sala antiga, de tectos altos, decorada com inúmeros aparelhos do século XIX utilizados em Física, fazendo lembrar uma sala de coleccionismo inglês. Um telescópio pertenceu a um professor açoriano do final do século XIX, que ajudou a descobrir um planeta. "Há alunos que vêm de outras escolas e mudam completamente", refere. "Aqui o ensino é claramente dignificado", remata.<br /><br />Mas o ambiente geral não vem apenas do passado ou do respeito no trato. A escola tem cinco laboratórios, "e para além de ter um excelente responsável pelo material, a verdade é que os órgãos de gestão nunca recusam nada do que lhes pedimos", o que o faz dizer que existe "uma colaboração impressionante".<br /><br />Reconhece que os alunos no início do ano vêm relativamente bem preparados. Mas porque não têm bem a noção ao que a disciplina os obriga a saber, César Alves é rigoroso desde o primeiro dia: "desde o início que eles sabem que têm de estudar, são logo pressionados". Aliás, a "pressão" já começa antes mesmo das aulas se iniciarem: a fama deste professor já é conhecida. "Um aluno meu disse-me hoje que viu uma pilha de testes meus numa sala de explicações, e eram considerados os mais difíceis"?<br /><br />Mas é de dificuldade que se trata em Física ? ou sobre a forma de a ultrapassar. "São poucos os alunos que gostam de Física à partida, mas como querem mesmo ir para a universidade, sabem que têm de a completar". O método de ensino, no entanto, ajuda bastante. Desde a linguagem ? "em vez de se falar na trajectória de átomos, fala-se na trajectória de carros de fórmula 1", à própria comunicação, que é cada vez mais experimental. "Fala-se de Física como se fala de desporto: uma linguagem simples, contextualizada, o que é muito importante, senão, o ensino é vago". E as experiências práticas não param, assim como actividades inovadoras.<br /><br />Em média, cerca de 20% dos alunos não chega a acabar o ano, o que, apesar de tudo, é considerado "uma boa média". Os programas são integralmente cumpridos, o que é uma novidade. "Exigimos sempre mais do que o programa pede, pois se tabelarmos pelo mínimo, os alunos vão abaixo; se tabelarmos pelo médio, eles vão-se safando; se tabelarmos alto, o melhor é para eles". No ano passado, de uma turma de 14 alunos, 12 entraram no Instituto Superior Técnico, sem usar o contingente Açores.<br /><br />E, claro, há o professor. Este gaba-se de nunca ter expulso um aluno, mas de conseguir impor um respeito natural. A melhor nota que conseguiu foi um 19 e até hoje apenas um aluno seu teve uma nota em exame inferior à da pauta. "Mas voltou na 2ª fase, conseguiu subir e entrou para a universidade do seu gosto no continente". E, no entanto, é rigoroso com a disciplina: se um aluno chega atrasado, não o deixa perturbar o seguimento natural das aulas ? "tive hoje um aluno que chegou meia hora atrasado; quando expôs algumas dúvidas, lembrei-lhe que o problema era dele por ter chegado tarde; é claro que depois ajudá-lo-ei, pois a escola é exactamente feita para ensinar, e não aterrorizar, mas há que haver disciplina".<br /><br />Mas não esconde que para se ser bom professor é preciso gostar, ter nascido para isto. Mas se é preciso ser um bom comunicador, "é fundamental dominar a matéria; tive um professor que me disse que ?às vezes antes vale ser mau a transmitir conhecimentos, do que bom a transmitir coisas erradas?; quem não dominar esta ciência não tem hipótese", conclui.<br /><br />Quanto aos exames, também não esconde que a partir de Maio o ensino é dirigido para os exames, numa espécie de "alerta total; os testes de avaliação são sempre feitos de acordo com os modelos dos exames nacionais ? e por isso eles já estão habituados. É preciso optar: ou ensinamos muito bem física, ou preparamos os alunos para que sejam bons nos exames; e para isso é preciso saber muito bem como funcionam os exames nacionais".<br /><br />Ao contrário de alguns professores, gosta dos Rankings. "Se há más notas, é preciso experimentar outros professores. Os professores devem sempre ser responsabilizados pelos maus resultados, devem ser questionados; é preciso uma explicação. E não é só o professor, é a própria estrutura de ensino: saber se o grupo está a ser bem coordenado, se os órgãos de gestão estão a fazer bem o seu papel". Questiona mesmo que "há escolas que não têm laboratórios de física: como é que podem pedir bons resultados? É impossível!"<br /><br /></span> <div style="text-align: right;"><span style="font-weight: bold;font-family:trebuchet ms;font-size:78%;" >Fonte: Diário dos Açores Online</span><br /></div><div class="blogger-post-footer">BLOG PAIS BARROSAO</div>Brejnevhttp://www.blogger.com/profile/16592606698734408263noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-14068495.post-1129565947859068732005-10-17T17:10:00.000+01:002005-10-17T17:25:28.576+01:00Os barbeiros do povo da aldeia de ParafitaDepois de algum tempo de ausência deste blog (ao ponto de passar pela fama de ser o criador do Barroso FM, blog com o qual não tenho nada a ver!), partilho convosco esta pérola que foi reportagem do Jornal de Notícias de 10 de Outubro último...<br /><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/6659/1261/1600/parafita.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 4px 4px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/6659/1261/320/parafita.jpg" align="bottom" border="0" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><strong><span style="font-size:78%;">Aos domingos, António Afonso vai a casa de Manuel Branco. </span></strong><br /><strong><span style="font-size:78%;">A barba é paga com o mata-bicho</span></strong><br /><br /><br /><br />Manuel Branco se ajeita na cadeira, auxiliado por uma familiar, António Afonso coloca em cima de uma mesa um saco de plástico verde e, devagarinho, começa a retirar vários utensílios, embrulhados em folhas de jornal.<br />Terminada a tarefa, coloca uma toalha em volta do pescoço de Manuel, regressa à mesa, espreme um tubo quase vazio de creme de barbear.<br />"Ora, vamos lá, então!", diz, espalhando o sabão na cara de Manuel, com um farfalhudo pincel. São quase dez horas, é domingo e este é o ritual semanal de um dos dois barbeiros que ainda resistem na aldeia de Parafita (em Montalegre), uma profissão que os modernos cabeleireiros estão a fazer desaparecer.<br />Mas aos quais, nesta localidade, os mais idosos ainda resistem.<br /><br /><br />"Ao cabeleireiro, a Montalegre, cá em Parafita, só se forem os rapazes novos que já arrebitam e gostam do cabelo à moda fina!", esclarece António Afonso.<br />De resto, os cabelos dos homens de Parafita são aparados pelas tesouras e pelas navalhas dos dois barbeiros da aldeia.<br /><br />São ambos António, de nome, e só trabalham aos domingos de manhã.<br />"Nem eu, nem ele levamos dinheiro. Os que são mais meus amigos vêm ter comigo, os que são mais amigos dele vão ter com ele", explica António Afonso, a quem na aldeia toda a gente chama de "o Amélia", por causa da mãe.<br /><br />Por sua vez, os dois barbeiros cortam o cabelo um ao outro". "Ele dá-me um jeito ao meu e eu dou-lhe um jeito ao dele!", conta o António conhecido pelo nome da mãe. "Normalmente, é no mesmo dia, depois agarramos e vamos beber um copo e pronto!", acrescenta, mais tarde, António Alves.<br /><br />De facto, dinheiro não é a moeda de troca entre barbeiros e clientes de Parafita. "É tudo por amizade". "Agora, vim aqui (à casa de Manuel), matei o bicho (tomei o pequeno-almoço), mas não levo dinheiro. Eles ajudam-me, eu ajudo-os a eles; é assim", explica António. No entanto, nem sempre foi assim.<br /><br />Houve tempos em que os alqueires de centeio que recebia em troca de cortar cabelo e fazer a barba eram uma ajuda preciosa para António. Tempos difíceis. "Sabe por quanto os aturava um ano inteiro? Se fosse cabelo e barba, era um alqueire de grão, se fosse só cabelo era meio alqueire!", recorda António, que começou na arte com apenas 12 anos. Hoje tem 75. Já o seu pai era barbeiro. Mas não foi com ele que aprendeu. "Aprendi por mim. Às vezes, as pessoas diziam-lhe, então, não ensinas o rapaz? Sabe o que ele dizia? Então ele não vê como se faz?".<br /><br /><strong>A cadeira alemã e o after-shave</strong><br /><br />Quando começou na arte, António Afonso trabalhava quase na rua. "Nem tinha casa de jeito", explica. Hoje, tem montada uma barbearia improvisada, numa pequena divisão da casa. Um lavatório, um espelho, uma caixa de madeira por cima da qual tem espalhadas as várias navalhas e outros utensílios, e uma cadeira de escritório que é o orgulho do barbeiro. "Anda de roda e, assim, mexo-os de um lado para o outro, conforme dá jeito", explica António, lembrando que foi o filho que está na Alemanha que lha mandou.<br /><br />No que toca a after-shave, António também ainda não aderiu aos novos bálsamos do mercado. Continua a usar o que chama "pedra húmida", que passa pela cara dos barbeados. O "after-shave 444, cicatrizante" é tão raro que as farmácias de Montalegre já não vendem. "Este comprei-o numa drogaria em Monção. Dura uma vida!", remata.<div class="blogger-post-footer">BLOG PAIS BARROSAO</div>Brejnevhttp://www.blogger.com/profile/16592606698734408263noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-14068495.post-1126205933202493152005-09-08T19:28:00.000+01:002005-09-08T19:58:53.210+01:00O pàraquedista.<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2988/1295/1600/paraquedista.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2988/1295/320/paraquedista.jpg" border="0" /></a><br />Meus amigos primeiro de tudo espero que tenham tido todos umas boas fèrias .<br />Depois quero dizer-vos que estou admirado, porque acaba de aparecer-me no blog ,um pàraquedista de uma cultura exuberante .<br />È verdade este individuo è a inteligência em pessoa, vejam là que o homem è tao inteligente que nao leu o meu primeiro texto do blog .<br />Eu jà sei que dou erros por isso avisei as pessoas antes de começar a intervir neste blog .Infelizmente nao tive a mesma paciência que tù para por-me a estudar porque possibilidades nunca me faltaram.<br />Depois vem o artista e diz-me que de 09 08 2005 a 09 10 2005 sao apenas 59 dias e nao 60 como dizia eu .<br />Serà que este animal nao sabe fazer contas ?????<br />E jà que tao inteligente è nao saberà que o mês de Agosto tem 31 dias ????<br />È que se na terra dele o mês de Agosto sò tem 30 dias entao esse individuo deve ser de outro planeta.<br />Pelo menos deve de ser do planeta dos simios..... nao???<br />Meus amigos o que vos posso afirmar è que hà pessoas que se estivessem caladas ganhariam mais .<br />Este deve ser dos tais que se chega a andar mais dois meses dentro do ventre da mae jà saia com ferraduras e tudo.<br />Por favor amigo a sua forma de dizer as coisas nao è bem vinda ao nosso blog.<br />O unico que le posso dizer è que se quer descargar a sua raiva venha ter comigo e falamos, ou discutimos estes assuntos cara-a-cara ou serà que você nao os tem suficientemente no sitio para fazer estas coisas .<br />Se quer saber quem sou diga que eu le revelerei a minha identidade quando você queira mas... terà Vssª Exª que revelar-me a sua tambem .<br /><br /><br /> <em> Boas Noutes</em><div class="blogger-post-footer">BLOG PAIS BARROSAO</div>Anairamhttp://www.blogger.com/profile/15083359386199060758noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-14068495.post-1123453508114159392005-08-07T23:11:00.000+01:002005-08-08T00:47:54.606+01:00O Gato e o Cabrito<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2988/1295/1600/cabra.jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2988/1295/400/cabra.jpg" border="0" /></a><br />Ora um certo dia o nosso amigo "<em>Gato "</em>resolveu ir à grandiosa romaria da aldeia de Penedones.<br />E como era costume antiguamente festa que nao tive-se um bom "<em>barulho"</em> ( uma boa algazarra com bastonada de criar bicho) nao era festa.<br />Como è evidente aquele ano tocou ao "<em>Gato</em> "organizar a dita algazarra ,como sempre metendo fêmea pelo meio.<br />Para fraca sorte do "<em>Mestre" </em>o seu rival era filho da aldeia e como vocês devem imaginar quem joga fora tem sempre menos possibilidades que o de casa dado a que os santos da casa apesar de nunca fazerem milagres sempre ajudam alguma coisa nao è?<br /><br />Ora bem o<em>" Gato</em> "como era artista à falsa fè manda duas bofetadas ao outro e àla vamos embora que è tarde.<br />Dà à sola sem esperar resposta nao fosse o outro convidà-lo para ir a casa dele comer um bocado de cabra e beber dois copos.<br /><br />Bem para quem conhece Penedones sabe que à saida do povo em direcçao à "<em> agredadona</em>" hà para ali umas cortes de gado.<br />Pois ali precisamente foi onde o nosso amigo buscou refugio para se esconder jà que os outros iam em cima dele como caes e como ele tinha a perna curta podia ser alcançado em poucos metros por algum perna-alta de Penedones.<br /><br />Passados os perseguidores o" <em>Gato"</em> resolveu reeniciar a fuga atè à "Corga" mas...<br />Qual è o seu espanto quando ouve berrar um cabrito dentro de uma corte.<br />e...<br />Diz ele:<br /><em>"-H'òmigo està'saì ???"</em><br />Abre a porta muito sorrateiro mete o primeiro cabrito que apanha debaixo do braço e:<br />dali à<em>" Corga"</em> nao foi manco .<br />Ora quando o dono do animal deu pela falta de cabeça de rês jà là iam dois dias .<br />Posto a pensar disse:<br />"-<em>Hà caralho ¡¡¡ eu p'ròmonte n'um'obotei à corte n'umbem ninguem a n'umsereu isto aqui hà GATO".</em><br />È claro depois de pensar a situaçao e repensà-la deu com a<em> "marosca".</em><br /><em>"-Foi o filha da puta do Gato q'ueme fudeu o cabrito".</em><br />Disse.<br />Bem là vai o homem ter com o <em>"Regedor</em>" e explica-lhe o caso.<br />E por sua vez este dà parte à G.N.R de Montalegre .<br />Bem ...<br />Um certo dia là bate a guarda em casa ao "<em>Gato</em> "para fazer a pertinente revista à mesma.<br />O individuo ao cheirar-lhe a <span style="color:#33cc00;">G</span>rande <span style="color:#33cc00;">N</span>inhada de <span style="color:#33cc00;">R</span><span style="color:#000000;">atos que faz???</span><br />espeta com um molho de "<em>giestas</em>" verdes no lume (lareira) .<br />Aquilo era uma fumaceira que parecia que andavam a arder os <em>"Cornos das aAlturas".</em><br />Em seguida pega no cabrito e espeta com ele num berço de criança que tinha là atràs do lar .<br />Tapa-o com umas mantas e começa a embalar o bicho como se fosse um bebè.<br /><br />"-<em>Hò da casa</em> ???"<br />Chamou o Sr. Sargento chegado à porta .<br />E o "<em>Gato"</em> nada...<br /><em>"-Hòòò daaa casaaa???"</em><br />Repetiu o individuo com voz autoritària.<br />E por fim depois de o sargento chamar uma quantidade de vezes là do meio daquela fumaceira toda alguèm responde baixinho:<br /><em>"-Shhhhtttt ..."</em><br /><em>"-Quem caralho è a estas horas ??? bocês n'umbêm q'uestou à'dormecer a criança???</em><br /><em>"-H'òmigo desculpe mas somos a força da autoridade e bimos tratar d'um'aòcorrência c'osenhor"</em><br />Diz o guarda.<br /><em>"-E atao que se passa???"</em><br />Perguntou o<em> "Gato"</em> fazendo-se muito admirado<em>.</em><br /><em>"-È que là p'ra Penèdones trasonte-onte desaparceu um animal d'um'acorte e o dono qeixa-se de si e claro a ocurrência txigou-nos ò posto e nòs bimos p'ra rebistar a casa e fazer a debida detençao se fôr presiso."</em><br />Explicou a autoridade.<br />"-<em>Hò filhas da puta esses de penedones sao o diabo n'um podem ber um pobre c'oa camisa labada atao agora falta algum'a cousa e sou logo eu???"</em><br />Alegou o "<em>Mestre Gato</em>".<br />"_<em>Bossês rebistem p'ràì o que quijerem mas p'loamor de Deus nosso Senhor n'um-me façam barulho q'uestou àdormecer a criança e s' acorda depois è aqui o diado in casa c'amae foi c'asbacas e eu num lhe posso dar de mamar como bossês sabem:"</em><br /><br />Bem e là começam os guardas a revistar a casa ao "<em>Gato</em>" com muito cuidado para nao fazer rùido enquanto este embalava o suposto filho e dizia:<br /><em>"-Òòòòò...òòò meu meninho quem m'edera cà a tua mae."</em><br /><em><div><em>"-Òòòò...òòò meu meniho quem me dera cà a tua mae."</em></div><div><em></em></div></em><br />Com a casa virada de patas ao ar e sem encontrar nada dado a que o animal ao encontrar-se quentinho , bem embalado ,e confortàvel nao berrou foram os guardas com o rabo entre as pernas embora sem encontrar nada.<br /><br />O que eles se esqueceram foi de destapar a criança para constatar se era bonita ou feia.<br />E que quando o <em>"Gato"</em> dizia:<br />Hò meu menino quem me dera cà a tua mae o queria na realidade era tambem ter a cabra em sua posse para que dia da festa a <em>"chanfaina</em>" fosse mais volumosa e pudesse comer mais à fartazana com os seus amigos e vizinhos.<br /><br /><em>Boas Noutes</em><div class="blogger-post-footer">BLOG PAIS BARROSAO</div>Anairamhttp://www.blogger.com/profile/15083359386199060758noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-14068495.post-1123024619296192342005-08-02T22:08:00.000+01:002005-08-03T00:32:17.023+01:00Hà oui ça và???<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2988/1295/1600/CAT3ZC4T.jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2988/1295/200/CAT3ZC4T.jpg" border="0" /></a><br /><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2988/1295/1600/r5alpine.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2988/1295/200/r5alpine.jpg" border="0" /></a><br /><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2988/1295/1600/CA7L5VEQ.jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2988/1295/200/CA7L5VEQ.jpg" border="0" /></a><br /><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2988/1295/1600/IMG_0358.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2988/1295/200/IMG_0358.jpg" border="0" /></a><br /><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2988/1295/1600/chap??u.jpg"><img style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2988/1295/200/chap%3F%3Fu.jpg" border="0" /></a><br /><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2988/1295/1600/Paris-France.jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2988/1295/200/Paris-France.jpg" border="0" /></a><br /><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2988/1295/1600/franc??s.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2988/1295/200/franc%3F%3Fs.jpg" border="0" /></a><br />È pena que sò me tenha lembrado a esta altura do calendàrio de recordar-vos que estamos na època do ano de pronunciar o nosso dialecto de Verao ou pelo menos de tentar entende-lo.<br />È verdade meus amigos .<br />Eu tenho pensado atè em criar um dicionàro para que os nossos conterrâneos se possam entender com certa gente mas o problema è que cada ano me aparece vocabulàrio novo e eu nao apanho a passada.<br />Sim senhor... este dialecto de que vos falo è muito rico gramaticalmente e progride muito ràpidamente apesar de ter sò uns 45/50 anos aproximadamente.<br />E vocês perguntam: de que de que raio de dialecto estàs tu a falar <em><strong>anairam</strong></em>?<br />Hò meus senhores concerteza que vos falo do francolês.<br />Nao conhecem???<br />Pois calaro que sim ....<br />Quem nao tem na familia um membro ou mais que nao fale este idioma???<br />Quem nunca um dia se cruzou com um individuo que ao comprimentar-nos nos disse:<br /><em>"- Olà fulano¡¡¡ ça va???"</em><br />E um gajo pensa :o meu nome eu entendo ...mas... que caralho serà "<em>ça va???</em>"<br />E claro se um homem for mau pensador vai pensar que o gajo està a falar em còdigo e "ça va" ao contràrio è vaca.<br />Sendo o macho da vaca o boi, um gajo è obrigado a pensar logo:<br />Este filho da puta està a chamar-me corno.¡¡¡<br />E tràz... logo um murro nos cornos e consequentemente problemas claro.<br />Ou por exemplo:<br />Um gajo destes entra em nossa casa e um individuo oferece-lhe de comer e beber .<br />Imaginem que o gajo nao lhe apetece e diz "no merci ".<br />E um gajo pensa que o individuo nos fez alguma pelas costas jà que entende : nao mereci.<br />Mas nao mereceste o quê???<br />Armamos logo uma confusao do caralho.<br />Assim que como quando o gajo diz "ça va pà" a meio da refeiçao.<br />Sabe-te à palha???<br />Olha o animal diz que o estufado que faz a minha Maria sabe-lhe à pallha.<br />Pronto ... leva logo com a caneca do maduro nas trombas nao è???<br />Ou:<br />Vê um filho nosso e pergunta <em>"ai que jolie¡¡¡ parace-se ao pai¡¡¡ coment s'apele???"</em><br />Olha... este gajo està a chamar-me javali.???<br />E diz que o puto se come sem pele.<br />Tù queres ver que o burro agora è canibal???<br />Ou quando dizem por exemplo:<br /><em>"- O meu patron è um bocado forreta hà 3 anos que ganho o mesmo nunca me monta.</em><br /><em>"Pelo contràrio o da minha mulher c'est um'a boa persone sò este ano jà a montou duas vezes e ainda lhe dà gorjeta."</em><br />E claro um gajo è obrigado a pensar que o individuo è corno manso e ainda por cima gosta de homens.<br />Ou:<br /><em>"-Hò pà o meu carro è uma màquina ¡¡¡¡¡ "</em><br /><em>"-Olha assim que prendi a auto route montei-o logo a 150."</em><br />E claro um gajo pensa que o homem deve ser policia là na França e que prendeu um tarado sexual por ter montado 150 gajas<br />mas....<br />Onde è que entra o carro nesta història???<br />Quando por exemplo um gajo està no cafè e ouve:<br /><em>"-Posso ter um cafè???"</em><br /><em>"-mas com açucre do regime"</em><br />Que chique o gajo quer ter um bar sò para ele mas com açucar do regime isso eu nunca chegeuei a entender o que è.<br />Ou:<br />Quando pedem um <em>"biftèc avec des frites</em>" cada vez que se sentam num restaurante para comer.<br />Claro que como passam todo o ano a comer a "<em>cascute"</em> que defenido por eles è uma <em>"baguette</em> <em>com jambon"</em> è claro que têm que variar porque a<em> "cascute"</em> por muito boa que seja ao fim de 3<em> </em>ou 4 anos começa a enjôar... penso eu.<br />E por ai adiante coisas que um gajo nunca consegue entender como:<br />A casa con janelas para dentro e" <em>fenetres" </em>por fora¡¡¡¡<br /><em>Alô ¡¡¡</em><br /><em>Ça fais rien¡¡¡</em><br />A viage "<em>cest très fatiguè"¡¡¡¡</em><br />Bota-me ai um <em>pastis¡¡¡</em><br /><em>Hô là là¡¡¡</em><br /><em>Conbien</em> quanto custa???<br /><em>Le feu rouge¡¡¡</em><br /><em>Tê toi¡¡¡</em><br />E muito mais que nao me recordo agora.<br />Pois sim meus amigos muito boas fèrias e um belo Verao para todos.<br />E jà agora muito cuidado com estes animais na estrada porque eles em "<em>la France"</em> andam todo o ano em "<em>mètrô"</em> e <em>"RR"</em> e para eles conduzir nas fèrias è como praticar um desporto radical .<br />Assim que apartem-se todos que passam os "avèc's" que parece que foram todos paridos pelo "Alain Prost".<br /><br /><em>Boas Noutes </em><br />e muito cuidado.........<br /><br /><br /><br /><br /><em></em><div class="blogger-post-footer">BLOG PAIS BARROSAO</div>Anairamhttp://www.blogger.com/profile/15083359386199060758noreply@blogger.com12tag:blogger.com,1999:blog-14068495.post-1122903622087191052005-08-01T13:59:00.000+01:002005-08-07T23:31:13.546+01:00O ciclista<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2988/1295/1600/joaquim%20agstinho2.jpg"><img style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2988/1295/400/joaquim%20agstinho1.jpg" border="0" /></a><br /><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2988/1295/1600/joaquim%20agstinho1.jpg"></a><br /><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2988/1295/1600/joaquim%20agstinho.jpg"></a><br />Ora bem,... o amigo Zè da Pica apesar de ter estado muito pouco tempo em França nao deixou ao acaso o progresso da descoberta da roda e quando regressou a Portugal resolver trazer com ele a mulher,um filho relativamente pequeno e como nao podia deixar de ser o seu veiculo.<br />Uma bela e veloz bicicleta de pedal .<br />Bem como naqueles tempos na "corga" as vias nao eram as mais adequadas para circular com tal aparato dado ao estado do alcatrao derretido na via e ao tráfego bovino,ovino,e caprino o homem resolveu pendurar o artilùgio no sobrado e esperar que modificassesm as vias e pusessem regras de trânsito no povo, jà que ele tinha aprendido as mesmas em "la France" mas claro por muito que quise-se explicà-las é evidente que os atrasados da aldeia nao iam percerber o francolês que falava o Pica.<br />È verdade o homem a falar tal idioma parecia uma vaca Espanhola a tentar cantar em Tirolês.<br />Bem o caso è que a reliquia do Pica foi passando de ano em ano pendurada no sobrado.<br />E de instrumento rodante passou a ser uma peça de mobiliàrio ,com a ferrugem começou a confundir-se com o tecto de modo que para descobrir aquele traste teve que crescer o Pica pequeno (Zè Luis) .<br />Um certo dia ai pelos seus 15 anitos o rapazola no meio de ferrugem e teias de aranha descortinou a còxinel .<br />Ora bem o rapaz ficou em pulgas como è evidente .<br />Um meio de transporte era o demais.<br />Era como ter um Mercedes nos nossos tempos.<br />E agora que o rapaz lhe começava a cheirar a mijo porque jà tinha um fraquinho pela Maria do Couto, e outro pela do Manilha, e outros por outras porque ele realmente o que queria era meter em quente.<br />Coisa que sò aconteceu passados largos anos.<br />Bem o rapaz foi ter com o pai e resolveu pedir-lhe a peça de museu da sua odisseia em França.<br />-"<em>Hò pai bossê pudia-me dar a bicicolete q'uetem no sobrado "<br />-"T'ùestàs tolo repaz n'umbês q'uetematas"<br />-"Hò andelà n'umato nada s'ma der bou c'as bacas p'ra balcobo q'andobossê quijer.</em><br /><em>-"Està bem mas olha là n'umbàs p'ràestrada c'ùela oubiste?"</em><br /><em>"-Oubi pai ."</em><br />Respondeu o Zè Luis muito entusiasmado ao pensar que domingo jà ia de "bicicolete" dar a volta ao povo.<br />O individuo com a ajuda do pai là desceu o artigo da trave do sobrado e ao serao resolveu dar-lhe um jeito.<br />Lixou o artefacto bem lixado e com o zarcao que sobrou de pintar a porta do pàtio deu uma pintadela à sua bichinha.<br />Aquilo ficou uma maravilha parecia a bicicleta do Joaquim Agostinho a ùica diferença era o volante aberto (tipo cornos de boi Barroso) e a grade que levava atràz que mais parecia um grelhador de assar sardinhas.<br />Mas tinha sido com aquela grade que o pica se desenrascara em "la France" pois era onde transportava a "cascute" para o trabalho , e era o que usava para ir ao "marchè" aos domingos pela manha e trazer as compras para toda a semana que lhe encomendava a mulher enquanto ficava a fazer a comida.<br />Bem chegado domingo o Zè Luis pega na bichinha e bota por ali abaixo atè a loja do Penedo .<br />Ora ao chagar como vinha de cima do poço de ourelho nao pode fazer a curva à Lance Armstrong.<br />Claro que a exibiçao ficou um bocado curta e como estavam por ali as raparigas ele queria dar nas vistas jà que era o unico possuidor de tal joia no povo.<br />Resolveu entao ir rigueiro adiante e lançar-se desde o arrabaldo para que as fêmeas vissem o habilidoso que era o rapaz no manejo de tal artilugio.<br />E là se embala o artista .<br />Ora chegado ao meio do rigueiro e jà numa velocidade considerante de que se lembra o artista?<br />Pois se fazer um cavalinho para impressionar ainda mais o gado .<br />CATRAPUM....... mà sorte.<br />O artista de chapa percebia mas de mecânica nao via a ponta de um corno .<br />Assim que ao nao verificar o estado da còxinel na parte da mecânica nao deu conta que a roda da frente nao estava bem apertadada.<br />E claro ao levantar a roda dianteira da bicicleta esta saiu e e como consequência o rapaz deu um tombo que o deixou com o focinho metido no rêgo da àgua isto depois de ter beijado pelo menos 32 paralelos da calçada.<br />Aquilo parecia que lhe tinha passado um camiao por cima .<br />Todo esmoucado là se levantou, pegou na sua bichinha debaixo do braço e foi para casa.<br />O pior foi ao chegar porque claro apesar de ter destroçado o fato da primeira comunhao o qual era a sua vestimenta dos domingos desde que a tinha feito teve de ir o verao todo com a vacas para balcobo .<br />Ainda por cima levou umas bofetadas da velha por ter fodido o fato e como se nao fosse pouco teve que pendurar o veiculo o qual penso que ainda hoje permanece colgando na trave do sobrado.<br />E assim teve que ir andando atè ao couto o Zè da pica todos os domingos atè que tirou a carta de conduçao e o pai lhe comprou um R5 mas essa è outra història.<br /><br /><em>Boas Noutes </em><div class="blogger-post-footer">BLOG PAIS BARROSAO</div>Anairamhttp://www.blogger.com/profile/15083359386199060758noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-14068495.post-1122685042488956442005-07-29T18:18:00.000+01:002005-07-30T19:44:57.450+01:00O "mordomo" reencidente.<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2988/1295/1600/baptizado%20e%20varias%20483.jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2988/1295/320/baptizado%20e%20varias%20483.jpg" border="0" /></a><br /><blockquote></blockquote><blockquote></blockquote><blockquote></blockquote><p>Nas grandes romarias da "corga" sempre foram precisos homens de barba rija e pêlo na venta para organizar as festividades em honra da Nsa. Senhora da Saùde , do S. Romao , e ultimamente de S.Lourenço tambèm .<br /><br />Claro... com isto dos santos nao hà que ficar curto porque assim se nao è um a fazer o favor è o outro e assim nunca ficamos desatendidos nas horas de desespero.<br /><br />Bem ...<br />A coisa è que pela comissao de festas jà passaram quase todos os homens do povo .<br />Digo quase todos porque hà um que è reencidente pelo menos de três em três anos.<br /><br />Este individuo como bem sabeis è o Zè da Pica um homem como nao hà outro para encabeçar a dianteira da organizaçao das nossas festas.<br />Um homem que com quatro tostoes faz da nossa festa uma das festas mais importantes do concelho e arredores.<br /><br />È verdade... o individuo tem uma capacidade impressionante para gerir o capital adiquirido atravès dos pedidos feitos normalmente ao domingo e que começam no cafè do Dias e acabam no Chico da Lama da Missa .<br /><br />Tem um modo de cativar os creentes que lhe chega a depenar a carteira em pouco tempo .<br />Os que encontra de manha no Dias normalmente sao os mesmos que vê à tarde no Chico.<br />E è claro que chega a pedir a esmola duas vezes ao mesmo individuo e hà algum que às vezes contribui duas vezes jà que tal como o Pica nao se lembra do que fez pela manha.<br />O primeiro comprimento que lhe dà è logo um cachaço bem puxado que è p'ro creente ver que o homem està a pedir com fè.<br /><br />-" <em>Ò fulano d'àì 25 euros p`rà festa da "corga".</em><br />-"<em>Tù que queres ???... p'ràdaminha terra n'umdestes nada bai là pedir'ò caralho</em>".<br />Tràz ....tràz .... logo dois cahaços mais para aclarar as tendências catòlicas ao idividuo.<br />-"<em>Bais'aqui dar 5 contos à santinha e inda pagas um copo, borra botas do caralho."</em><br />E diz para o seu escrituràrio particular que normalmente apartir da 11h da manha jà nao sabe onde deixou a caneta nem vê as linhas do cuaderno .<br />-"<em> Ò fulano apont'àì 5 contos deste</em>"<br /><em>-"Ò raist'partiram u'ndpûs o caralho da caneta???"</em><br />-"<em> Jà a perdeste filha da puta??? se bubeses merda sabias d'onde a tinhas??? n'um era ???"</em><br />-" <em>Aponta de memòria cara de caralho."</em><br />Diz o Pica jà lixado ao ver que o parceiro jà bebeu tanto como ele.<br />Bem o caso è que ele consegue dinheiro para realizar as festividades ainda que começe a pedir em Janeiro e termine depois da festa que se realiza no segundo domingo de Agosto.<br /><br />O Pica è uma figura mediàtica da festa ele ainda que nao seja mordomo sempre gosta de ajudar porque de certa maneira ( e desculpem-me os "corguenses" ) a festa è dele .<br />As vezes chego a pensar que o individuo tem mais importância que o pròprio S. Romao.<br />E vocês perguntarao porquê ?<br />Ora eu paso a explicar.<br /><br />Ora o nosso amigo è a ùnica pessoa que perde meio ano de domingos a pedir para a festa.<br />Ele è quem nos acorda o dia da festa atravès dos altifalantes para nos anunciar o inicio das mesmas ( nao estivesse ele todo o ano à espera desse dia para poder brilhar um bocadinho).<br />È ele quem na hora da missa anda aos estalos aos crentes para que nao adormecam a meio da celebraçao.<br />È ele quem leva a bandeira do S. Romao atè ao alto e regresssa com ela à capela.<br />Sem dùvida alguma que depois de almoço è o Pica que se poe no palco e empunha o micròfone para anunciar outra vez o inicio das festas e fazer o respectivo "<em>arremate"</em> dizendo:<br />-" <em>Ora 50 uma .........50 duas........</em> "<br />E antes de dizer 50 três diz:<br /><em>-" Ò repaziada</em> e<em>stes imigantes es'tano bêm todos tesos, eu por esta ourilheira daba ò menos oitènta</em> <em>euros"</em><br />-"<em>Ora'atao dou-lhe um'a ,dou-le duas e dou-lhe três e bai p'rò demingos do preto</em>".<br />È tambem o Pica que faz questao de avisar quando os carros estao mal estacionados .<br />Com a sua capacidade de sensibilizar os donos destes e entrar-lhe no coraçao quando diz agarrado ao seu amigo micròfone:<br />-"<em>Ora atançao":</em><br />-" <em>Eu sò cria saber quem foi a besta que deixou o carro à intrada da eira"</em><br /><em>-"Porque aquilo meus amigos nao è um chaufer aquilo um'a besta</em>".<br />E muito sensibilizado là vai o dono retirar a sua viatura.<br />È o amigo Pica que sem dùvida faz com que nos lembremos que temos um quartel de bombeiros em Montalegre .<br />Porque quando o fogueteiro è ele eu fico admirado.<br />O homem tem uma pontaria que è qualquer coisa fora do normal.<br />Ele è capaz de lançar o fogo com os olhos fechados e acertar com uma cana por exemplo no meio do recinto da festa, numa eira de medas de palha , num palheiro, num restrolho, num lameiro de feno cortado e sêco, ou em qualquer lugar de fàcil combustao.<br />Resultado o homem acerta em tudo menos na barragem porque tem medo de dar com as canas na cabeça às trutas e que logo nao venham por ai os da Sociedade Protectora de Animais pôr alguma multa por agressao com arma branca .<br />È evidente que è nestas horas que todos os presentes se lembram que temos a Corporaçao de Bombeiros Voluntàrios de Montalegre e consecuentemente o dono da propriedade se lembra da mae do Pica.<br /><br />Bem e quase no fim da festa chega o momento mais esperado .<br />O discurso anual do Zè da Pica .<br />Aclamado pelo povo sobe ao palco agarra com força o seu amigo (micròfone) e diz:<br />-"<em>Bem meus'amigos a festa està feita mas boubos jà dezer aqui um'a cousa; n'umconteis</em> <em>comigo p'ròano porque ist'oamim n'umdà resultado ninhum sò me dà trabalho</em>:<br /><em>-"O Pica è mordomo."</em><br /><em>-"O Pica è sacristao."</em><br /><em>-"O Pica è o que pede."</em><br /><em>-"O Pica è fogueteiro ".</em><br /><em>-"O Pica o caralho."</em><br /><em></em><br />E assim com o discurso pronunciado pelo Zè da Pica se encerram as grandiosas festividades em honra do S. Romao e alguns santos mais com um :<br />-"<em> Atè p'ròano repaziada</em>"<br /><br /><br /><em>VIVA O ZÈ DA PICA, VIVA A FESTA DA "CORGA" E VIVA TODA A GENTE DA NOSSA</em> <em>TERRA.</em><br /><br /><br /><em>Boas Noutes</em><br /><em></em><br /><em></em><br /><br /></p><em></em><div class="blogger-post-footer">BLOG PAIS BARROSAO</div>Anairamhttp://www.blogger.com/profile/15083359386199060758noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-14068495.post-1122584218594671862005-07-28T19:05:00.000+01:002005-07-28T21:56:58.603+01:00A falsa morte do "Sepinola"<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2988/1295/1600/accident.jpg"><img style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2988/1295/320/accident.jpg" border="0" /></a><br /><blockquote><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2988/1295/1600/acidente.jpg"></a></blockquote><blockquote></blockquote><br />Antiguamente na "<em>corga"</em> havia dois comercios a <em>"loja</em>" do Penedo e a <em>"loja</em>" do Guerreiro .<br />Hoje contarei uma història da <em>"loja"</em> do Penedo que como se encontrava no centro da povoacao era a mais solicitada pelos "<em>corguenses</em>" por ser de mais fàcil acesso principalmente no regresso a casa .<br /><br />Ora como nao podia deixar de ser um dos participantes desta història era precisamente o jà famoso Zè da Lucia entre outros.<br /><br />Na "<em>corga</em> " havia um rapaz que ao ser um pouco atrasado dependia um pouco do cuidado da sua mae ( a tia Preta) que sendo uma mulher de armas era tambem uma mulher de peso jà que viùvou bastante cedo e ficando carregada de filhos teve que se espavilar para poder crià-los.<br /><br />Ora um domingo à tarde estava a comandita do arrabaldo d'alèm nao loja do Penedo a tomar as cervejas da praxe jà que era a bebida dos domingos que ao dia de semana bebia-se vinho e era quando o havia .<br />Resulta que apareceu ali o "<em>spinola"</em> que sendo tambem do arrabaldo os outros nao lhe faziam grande caso pela (faltita) que tinha.<br />O rapaz com os copos atè era engraçado o problema era que o individuo andava sempre um pouco falto de capital para envestir .<br />Quando apanhava algum tostao corria ao Gurreiro ou ao do Penedo e investia-o em acçoes liquidas da Adega & Cooperaativa do Vidago atravès do dono da tasca.<br /><br />Bem là estava o "<em>spinola</em>" a degustar com os olhos a cerveja que os outros bebiam quando o "<em>terrivel</em>" Zè da Lucia se lembra de mandar fazer um "<em>cai-bem</em> " ao velho do Penedo.<br />-"<em>Hò ti joao faça-nos ai um cai-bem fresquinho c'agora e'stàqui o Manel (sepinola) que tamèm bota um pènalt".<br />"-Botas ou n'umbotas Manel?".<br /></em>Perguntou o da Lucia.<br />"-<em>Caralho".</em><br />Respondeu o outro como quem diz jà devia cà estar.<br /><br />Bem o do Penedo armado em Bar-Men prega com 2L de vinho dentro de uma caneca, duas cervejas ,e acaba de encher aquilo com minhotos (doçes pequenos e redondos muito duros que se usavam nas tascas), pega numa colher de pau e desfaz os doçes no vinho e na cerveja .<br />Aquilo parecia um cocktail .<br />Poe a caneca em cima do balcao ,quatro tijelas e diz:<br /><em>-"Ò repazes isto jà està bamos a ele senao aquece</em>".<br />Os outro enchem as tijelas e botam aquela mixòrdia aos queixos .<br />Mas a especialidade do velho do Penedo passar no nò das couves è mentira.<br />Claro aquilo desfez-se e ficou como em pò e è evidente que na garganta nao passava .<br />Nenhum bebeu.<br />Mas o "<em>spinola</em>" como era catedràtico e todo-o-terreno no mundo da còpofonia botava naquilo como se fosse àgua.<br />Ora os outros riam-se claro.<br />E o amigo era malga cheia malga vazia.<br /><br />"<em>Ora inde là p'ròcaralho num prestais p'ra nada</em> ".<br />Dizia o velho do Penedo como que ofendido por a malta nao beber a especialidade da casa.<br /><br />Bem o <em>"spinola</em>" virou a caneca e como è evidente apanhou uma puta de se lhe tirar o chapèu .<br />Nao è brincadeira aquilo eram p'ràì 3L de alcool concentrado e ainda por cima quente jà que a arca frigorifica da loja do Penedo era o rêgo da àgua que passava na rua e como a clientela nao tinha avisado ele nao estava preparado para tamanha invasao dominical.<br /><br />Bem o" <em>spinola"</em> como jà nao se sustentava em pè resolveu aproximar-se do canastro ao outro lado da rua para se encostar haver se assim se podia enquadrar com caminho para ir de carreira aberta para casa porque quando estava pingueiro sò corria nao andava porque tinha medo de cair e eu nao sei como fazia mas a correr o pingolas nao caia.<br />O caso è que logo ao primeiro passo bate de patas ao ar contra a parede da horta e meus amigos aquilo foi como se tivesse ganho raizes ali ficou como um tronco sem dar acordo.<br /><br />O da Lucia ao ver o "<em>spinola"</em> por morto de que se lembra???<br />De lhe improvisar um velòrio ali mesmo.<br />Vai dentro da loja pede quatro velas ao do Penedo e com uma saca da raçao transparente fez-lhe o manto ,com uma lata de salsichas vazia a caldeireta da àgua benta ,e as velas uma em cada canto .<br />Ora aquilo no Verao e às 11h da noite impressionava um bocado .<br />Naquilo vem a Preta saber do filho pela rua abaixo e os outros ao ouvi-al ali por perto da casa do Pdr.Manuel esconderan-se.<br />Ora a mulher quando chega à esquina e se depara com o espètaculo assustou-se e dando um salto para tràz diz:<br />-"<em> ai jajus senhor ele q'uiè isto???"</em><br />Mas como vos tinha dito antes que a Preta era uma mulher de armas e destemida foi-se chegando para a frente para ver quem era o "<em>morto</em>".<br />Ao ver quem era diz:<br /><em>-"Creis ber q'uèomeu ÈGUA???????".<br />-"Òòòò`èèègguuaaa do caralho quem t'fodese esses còrrrrnos filha da puta ès a desgracia da minha bida .<br /></em>-"<em>Poe-t'apè bentas de cona q'uete mato</em>".<br />E là se levanta o "<em>spinola </em>" e agarrado a mae là chegou a casa a cambalear .<br />Sentou-se à porta e ali ficou atè às tantas da manha a curar a zina .<br /><br />Quanto aos outros là foram seguindo a Preta e o "<em>spinola"</em> escondidos e rindo-se como tolinhos da pripècie que o diabo do da Lucia tinha montado.<br /><br />Quanto aos cai-bem nao me lembro de que o velho do Penedo tivesse preparado mais nenhum jà que a història nao reza a esse respeito.<br />Deve ter guardado a receita no seu livro particular de receitas entitulado:<br /><br />" <em>Receitas de cocktail's para um domingo à tarde"<br /><br /></em>Boas Noutes<div class="blogger-post-footer">BLOG PAIS BARROSAO</div>Anairamhttp://www.blogger.com/profile/15083359386199060758noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-14068495.post-1122424994049177192005-07-26T21:51:00.000+01:002005-07-28T01:06:43.376+01:00A grande noite das "Cubas Livres"<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2988/1295/1600/imp3.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2988/1295/320/imp3.jpg" border="0" /></a><br />Caros amigos.<br />Quero apresentar-vos mais umas duas ou três individualidades da "<em>corga",</em> jà que do Zè da Lucia creio com certeza que ainda vos recordais.<br /><br />Ora hoje vou falar do "<em>rucho ou melhor do rutxo</em>" que è assim como le chamamos là no povo embora ele se chame Zè do Casarao mas para que nao haja tantos Zès e vòs nao vos confundais prefiro chama-lo pela sua alcunha o "<em>rutxo</em>".<br />Depois temos a Maria Benta boa rapariga e de boa familia .<br />E por fim temos a Fernanda do Peguisto,tambem boa rapariga e claro que de boa familia tambem.<br />Nao fossem todos eles da "<em>corga </em>" claro.<br /><br />A Fernanda ao contràrio da Maria Benta nao teve muita sorte porque ao casar com um rapaz do Telhado que por certo era muito boa pessoa tambem ,mas o pai desta nao gostava muito dele e de modo que faziam vida meios separados ele no Telhado e ela na "<em>corga</em>" atè que um dia um golpe de mà sorte fez com que o Antònio fica-se debaixo de um tractor e perde-se a vida.<br /><br />Ora a pêssega ficou viùva muito nova, e claro tal como a Maria Benta que era da mesma idade mordia-lhe a entreperna muito a miùdo como è natural.<br /><br />O da Lucia como nao era burro e via ali um bom partido veio de fèrias da Alemanha e sabendo que a Fernanda tinha um fraquinho por ele desde jovens convidou-a a ir à festa de Boticas para ver se le podia tirar as comichoes.<br />Esta vai ter com a sua amiga e confidente Maria Benta e diz:<br /><em>-"Hò repariga o da Lucia disse s'cria ir c'oele à festa das Boticas tu num queres bir?"</em><br />Diz a outra:<br /><em>-"Hò caralho ele escalhar o que quer è dart'afesta ai p'rò alto- fontao ,tem cautela".</em><br />Bem, o caso è que a do Peguisto disse que sim ao Zè mas com a condiçao de que a Maria Benta fosse tambem.<br />Ele aceitou , mas como era rato convidou o "<em>rutxo</em>" para ir que embora novo era de boa raça e podia perfeitamenta tirar o corpo da Maria Benta de misèrias enquanto ele saltava p'rà espinha à do Peguisto.<br /><br />Bem trato feito ;as moças depois de um dia de labuta na metida do feno escondidas do Peguisto velho pregan-se no poço da cortinha e toca a lavar a entreperna e as tetas bem lavadas.<br />Depois de tomar o banho anual resolveram dizer ao Peguisto que aquela noite dormiriam juntas para falar das suas coisas.<br />Ora o que elas queriam era escapar juntas com o Dom Juan là da parvònia p'rà festa de Boticas.<br /><br />À hora marcada là estava a Dulcineia e a sua dama de companhia no fundo "d'árrequeixada"<br />esperando pelo pàssaro que vinha no seu Tyota 1200 a recolher as donzelas.<br /><br />Mas a Maria Benta ... ou com dor de côtovelo ou conhecendo o artista foi avisando a outra :<br /><em>"-Ò moça olha q'uele escalhar o que te quer è mandar algum'a ripada e despois mandar-te fuder tu tem cautela . Inda q'uetapeteça oije num lhe deixes txigar que s'ele gosta de ti amanhao bai-t'efalar outra bez".</em><br /><em></em><br />Bem e nisto là chega o carro preto ou melhor o carro do amor, e qual è o espanto da Maria Benta quando vê o <em>"rutxo</em>" là dento olhando para ela com ar de tarado sexual.<br />E diz ela:<br />-" <em>Hò rraistepartiram este mecozo p'rundebai</em>?"<br />E responde o artista do da Lucia :<br />-"<em>Calate e entra p`ra dentro s' queres festa c'o rapaz pediu-me p'rò lubar e o carro è meu e eu lebo quem quero".<br /></em>-"<em>Està bem m'aseu c'oeste tolo atràz n'umbou</em>".<br />Bem e a Fernanda como tinha pressa de chegar à festa e ver as intençoes do Zè disse:<br />-"<em>Bou eu c'uele atràs c'orapaz n'um s'mete c'um ninguem tola do caralho".</em><br />Là entram as duas presas e d'ali a Boticas aquilo foi um pandemònio.<br />O "<em>rutxo</em>"atràs nao deixava de apalpar as melancias e o rojao à do Peguisto.<br />-"<em>Està queto repaz do caralho</em> ".<br />Dizia ela .<br />Mas o outro de estar quieto nada mao aqui mao acolà estalo daqui estalo dali là ia metendo mao à viùva alegre.<br />-"<em>Hò Zè dà a bolta pa tràz q'eu num quero ir à festa c'oeste atrebido</em> ".<br />Dizia a Fernanda.<br />-"<em>Ora pàra'ai q'eu bou p'ròpè dele que se me faz o mesmo parto-lhoscornos q'uiofodo</em>".<br />Disse a Maria Benta.<br />E là foi ela para tràz.<br /><br />Aquilo se antes era um pandemònio depois passou a ser um repandemònio parecia a apanha da melancia.<br />O<em>"rutxo</em> " apalpando teteas parecia um Eng. agrònomo a verificar a qualidade dos frutos.<br />_"<em>Hò repaz do caralho olha q'uete ratxo estàqueto diabo</em>".<br />Dizia a Maria Benta jà sofucada entre o mal estar e o prazer ao mesmo tempo que pensava :<br />-"<em>Nem o tolo do do Penedo m'asapert'àssim</em>".<br /><br />Bem mas o Zè da Lucia como nao era tolo nem queria compartir fêmea no baile daquela noite pensou a coisa ...se nao a levava jà pensada.<br />Como o gado sò ia a Boticas uma vez ao ano e de noite nao sabia bem a estrada e a estratègia pensada era perfeita para tirar o aparato urinàrio de misèrias.<br />Resolveu entao passar com as donzelas à Discoteca de Vidago.<br />Là iam eles pela N.311 abaixo e para os que a conhecem sebem bem que aquilo è curva sim ,curva sim , o "<em>rutxo "</em> em cada curva provocava um orgasmo à Maria Benta, enquanto o da Lucia ia metendo mao-na-perna à do Peguisto com a desculpa de mudar de velocidade .<br />-"<em>Hò repazes Boticas oije està loinge".</em><br />Dizia a Maria Benta desconfiada.<br />-"<em>Està calada tolinha</em> "<br />Respondia o da Lucia.<br />"<em>Hò raistepartiram ò Fernanda tù q'ueresber que este filha da puta jà pregou c'umnosco no</em> <em>bidago???".</em><br />Disse a Maria Benta enquanto se apercebeu que tinham chegado a Vidago ou melhor quando viu a placa de sinalizaçao que indica o inicio da localidade.<br />Bem o caso è que o melga do da Lucia com as suas artimanhas là convenceu as donzelas a entrar na Discoteca dizendo que aquilo era um Bar ou um Restaurante ou coisa assim.<br />A Maria Benta nao gostou nada da aparência do local .<br />Pouca luz, muitos sofàs, e uma bola a deitar xispas para cima de um quadrado onde andavam quatro tolos a abanar a torre dos piolhos mas...<br /><br />Entraram ...sentaran-se...e là veio o empregado de mesa servir como se usava naqueles tempos nas Discotecas elegantes.<br />-"<em>Façam favor".</em><br />Disse o empregado muito educado.<br /><em>-"Ora p'ramim um'a cerbeija</em> "<br />Disse o "<em>rutxo</em>".<br />"<em>E as meninas que vao tomar ???"</em><br />Pergunta o enpregado .<br /><em>_"Dois semòis ."</em><br />Diz a do Peguisto.<br />-"<em> E o senhor???"</em><br />E entao vira-se o da Lucia armado em especialista nestas coisas para impressionar a Fernanda e diz:<br />-"<em>Olhe tem <span style="color:#cc66cc;">cubas-livres</span>???"</em><br /><em>-"Sim senhor</em> ".<br />Respondeu o empregado.<br />-"<em>Atao cremos duas e deix'acerbeija p'ra logo</em>".<br />Meus amigos a Maria Benta arremelou uns olhos que qual pau-de-vassoura metido pelo cù acima???<br />E disse:<br />-"<em>Ò Fernanda queres b'ircomigo ò quarto de banho???</em><br />-"<em>N'umapetece."</em><br />Diz a outra .<br />Entao a Maria Benta abixando-se comentou ao ouvido da outra:<br />-"<em>Andadaì tola do caralho que quero falar cuntigo mas tràz a mala.</em><br /><em>-"Abia-te¡¡¡" </em><br /><em>-"Oubiste?"</em><br />E là se levanta a Dulcineia e acompanha a dama à casa-de-banho.<br />Enquanto isso diz o "<em>rutxo"</em> p'rò outro:<br />-"<em>H'òmigo estas oije têm q'uiogramar nem c'abaca tussa tu bòtas-t'àdo Peguisto q'ueu boto-m'à Maria Bènta".</em><br />O da Lucia como sabia que a sua presa era jà quase certa e que aquela noiteia ser um espinaçar de criar bicho.<br />Sorriu com aquele sorrisinho malandro p'rò outro como quem diz :<br />-Eu hoje vou dar a injecçao de piròclina à do Peguisto e tu se te safas... bem e se nao... bem tambem porque afinal eu sò te trouxe para ter alguèm que entretenha a lapa a Maria Benta.<br /><br />Entretanto na casa -de-banho passou-se algo hitòrico entre as senhoras:<br />-"<em>Hò raperiga bamonos pôr no caralho q'uestes oije querem-nos fuder".</em><br />Disse a Maria Benta.<br />-"<em>Tù que dizes tola?"</em><br />Disse a outra .<br />-"<em>Atao tu n'umbiste o da Lucia a preguntar'òimpregado s'tinha<strong><span style="color:#ff0000;"> camas libres</span></strong> e ele disse que sim e o malandro pediu logo duas".</em><br /><em>" Nem quis deixar buber a cerbija ò rutxo???"</em><br />-"<em>De certeza q'uè um'a p`rati e p'raele e outra p'ramim e p'rò tolo do rutxo"</em><br /><em>-"Eu escapo-me jà por'a jinenela e tu bens comigo puta do caralho".</em><br /><em>-"E despois'''".</em><br />Disse a do Peguisto.<br /><em>" Atao ...alugamos um taxe e passamos às Boticas à festa que là sempre à'daber quem nos lebe p`racasa".</em><br />Retorquiu a Maria Benta.<br /><br />Assim foi :<br />Là saltaram as duas Cinderelas pela janela apanharam um TAXI e dali a Boticas nao foram mancas enquanto os dois machos as esperavam famintos de amor refastelados no sofà da Discoteca.<br />Quando se deram conta as donzelas jà levavam mais de meia hora metidas na casa-de-banho.<br />E è evidente que ao procuralas elas nao estavam.<br />Bem dali foram para a festa e qual o seu espanto quando chegaram e viram as suas presas a bailar muito entusiasmadas nas maos dos da Pedreira que tambem sao bons artistas p'rò ATAKhÀRACHA o que acontece è que dao menos voltas e vao mais directos ao assunto .<br /><br /><em>Boas Noutes</em><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><em></em><br /><br /><em></em><div class="blogger-post-footer">BLOG PAIS BARROSAO</div>Anairamhttp://www.blogger.com/profile/15083359386199060758noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-14068495.post-1122335851665192072005-07-26T00:00:00.000+01:002005-07-26T16:59:12.706+01:00Ouro que nao brilha è lata.<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2988/1295/1600/a2.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2988/1295/320/a2.jpg" border="0" /></a><br />Meus amigos primeiro quero pedir desculpas pelo ultimo artigo ,mas acontece que as minhas fontes de informaçao em Portugal às vezes deixam muito a desejar a um homem, que ainda pagando muitas vezes è mal informado.<br /><br />Sabeis bem que estamos numa època de seca terrivel e o pessoal bebe uns copos...e depois diz o que lhe vem à cabeça.<br /><br />Nao quero com isto pedir desculpas à pessoa à qual me referi no texto anterior porque sei que se nao fosse a guerra que teve com os outros menbros era precisamente ele que ia p'ra frente .<br />Assim que bem haja ele ao querer por outro candidato porque meus amigos agora sim que estou mais descansado porque sei que a junta nao vai ser entregue a esta comandita.<br />Ora este individuo nao terà vergonha de se candidatar por esta lista tendo em outras alturas ter pertencido a outras que nao sao deste partido???<br /><br />O homen parece o conde Dràcula da politica .<br />Claro...<br /><br />Reparem passo a explicar.<br />O Dràcula durante o dia è conde nao è ?<br />Isso quer dizer que quer parecer uma pessoa normal.<br />O nosso amigo durante umas èpocas quer parecer uma pessoa normal juntando-se às pessoas de uma certa idiologia .<br /><br />O conde uma vez ao mes à noite transforma-se:<br />Poe a sua capa preta por fora e vermelha por dento aos ombros,invoca o crescimento dos caninos e là vai ele à caça de vitimas.<br />O nosso amigo faz quase igual.<br />Ora vejam:<br />Uma vez de quatro em quatro anos,vira a parte rosa da capa para dentro e faz luzir a parte laranja para fora coloca os caninos postiças na dentadura que disso sabe ele e sai à caça de vitimas.<br /><br />Mas o problema è que o Dràcula nao faz sofrer as vitimas porque as mata ou as transforma em seres como ele.<br />Pelo contràrio o animal em causa nao mata as vitimas porque as quer fazer sofrer durante 4 anos e estas tambem nao se transforman em seres semelhantes a ele o que acontece è que neste caso quem è mordido è o pròprio individuo .<br />Mas quem o morde???<br />Sao os famintos de poder que ao morder com tanta raiva o convertem num vira -casacas sem vergonha na cara .<br /><br />Bem meus amigos o que cuncluo de tudo isto è que a unica semelhança entre o Dràcula e o " <em>vira-casacas</em>" è que os dois sao uns " CHUPA SANGUE",sem principios que querem reinar à custa do mal que provocam.<br /><br /><em>Boas noutes</em><br /><br />E nao se esqueçam que nem tudo o que brilha è ouro, e que às vezes o que possa parecer dourado por fora pode ser lata por dentro.<div class="blogger-post-footer">BLOG PAIS BARROSAO</div>Anairamhttp://www.blogger.com/profile/15083359386199060758noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-14068495.post-1121715798069426542005-07-18T19:09:00.000+01:002005-07-18T21:16:36.350+01:00O encerro do Sr. Domingos do Pinto<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2988/1295/1600/baptizado%20e%20varias%20001.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" height="179" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2988/1295/320/baptizado%20e%20varias%20001.jpg" width="245" border="0" /></a><br />Ora bem meus amigos, o sr. Domingos do Pinto era conhecido na "<em>Corga"</em> pelo "Cantoneiro".<br />Precedia de uma família da aldeia que era muito respeitada dado aos seus haveres, já que possuiam muitos terrenos e muito gado.<br /><br />Ora o "<em>Cantoneiro"</em> casou com a Florinda, e entre trancas e barrancas conseguiram fazer um casal de propriedades de criar inveja a qualquer lavrador ,mas havia uns pequenos problemas: a Florinda coitada gostava do copito e o "<em>Cantoneiro"</em> era um pouco nescio, e tinha um problema crónico de "<strong>sonitis aguda"</strong>.<br /><br />Isto quer dizer que o indivíduo dormia onde quer que estivesse; fosse à mesa, na missa, de pé encostado a uma parede, e até na cama.<br /><br />Como já vos tinha comentado antes, o homem ao ter tanta labuta é evidente que tinha sempre em casa um ou dois criados.<br /><br />Houve então uma época que por desgraça do <em>"Cantoneiro</em>", o maramanjo do Zé da Lucia foi uma das peças da criadagem do indivíduo.<br /><br />Ora um dia tocou de ir arrancar batatas para os do Branco. E lá botou o chefe "<em>Cantoneiro</em>" mais o criado dar o dia, para que quando fosse o arranque deste os do Branco lhes fossem dar uma mão também.<br /><br />A manhã correu bem, o rancho era bom e aquilo ia de vento em popa. As batatas cobriam a terra e as sacas eram umas atrás das outras.<br /><br />Aproximando-se a hora do almoço (jantar como lhe chamamos em Barroso) o <em>"Cantoneiro</em> " lembrou-se que tinha uma vaca parida e quis mandar o da Lúcia a dar de comer ao animal. Mas como sabia do que a casa gastava resolveu ir ele que assim seria mais rápido, porque o outro se calhasse de ir já não aparecia até à hora da merenda.<br /><br />Entao diz ele para o "<em>Ti João do Branco</em>":<br /><br />"<em>Hó</em> <em>João, s'num t'importa inquanto as mulheres trazem o jantar, eu ia ali n'umnstante botar um fatxuco de feno a um'a baca que teinho parida."</em><br /><em></em><br /><em>"Bai lé depressa c'as mulheres ja'ibem c'o jantar" ,</em>disse o velhote<em>.</em><br />E lá vai o <em>"cantoneiro</em>" rua abaixo, entra no palheiro, começa a ripar o feno e a fazer o molho.<br /><br />Entretanto, enquanto os das batatas estavam a descansar e à espera do almoço o macaco do da Lúcia bota rua abaixo e chegado ao palheiro muito sorrateiramente fecha a porta trancando-a com o chavelho .<br />Hora o "Cantoneiro ", ao botar a mão à porta para sair esta não abriu, como é evidente, e diz:<br /><em>"Quereis ber o caralho???, a puta da porta num abre! Só me faltaba esta!!!"</em><br />E num acto desesperado começa a chamar pela vizinhança:<br /><em>"Hou Ti João do Branco; hou Laurintina; hou João do Branco; houuu Laurintina."</em><br /><br />E o<em> </em>da Lúcia vai muito certinho, tira o chavelho à porta e manda-se p'rá terra comer com o resto do "<em>rancho</em>".<br /><br />É claro que toda a gente estava a ajudar os do Branco e não o ouviam.<br />Como também era hora de" lerpar" estavam a comer todos descansados à sombra dos carvalhos e o único que realmente se lembrava do "cantoneiro" era o criado que ia degustando a comida ao mesmo tempo que se ria para dentro .<br /><br />"Hooouuuu João do Branco ;hoooouuuuu Laurintina; hoooooouuuuu do Pinto ", <br />"Aiiii jajus q'estou a arder in pressa , aiiiii a minha desgracia!!"<br />Gritava o "Cantoneiro " desesperado.<br /><br />A cadela do "Cantoneiro " ao ouvi-lo gritar, vai pelo pátio do Pinto acima e chegada à porta do palheiro bota as patas da frente a esta e a dita cuja abriu-se .<br />Diz o "Cantoneiro" muito admirado:<br />"<em> À filhas da puta, já me fodesteis; perdi aqui um'ahora e a puta da porta estàbàberta".</em><br /><br />Enquanto isso os outros já tinham comido e retomado o trabalho. Dando pela falta do "Cantoneiro" perguntavam:<br />"<em>Q'estará a fazer o tolo do Cantoneiro que nunca mais bem????"</em><br />Respondia o da Lúcia com um sorriso matreiro:<br />"<em>Debe d'estar a dormir no palheiro q'ué o que sabe fazer".</em><br /><em></em><br />Dali a pouco tempo, lá apareceu o sr. Domingos do Pinto (Cantoneiro) sem dizer uma palavra nem explicar nada aos outros para não passar vergonhas.<br />E lá pegou na enxada e cavou a tarde inteira com a barriga a dar horas.<br /><br />Aqui fica mais uma história do Zé da Lucia, que na minha opinião de grande amigo seu, é o diabo em figura de gente.<br /><br /><em>Boas noutes</em><div class="blogger-post-footer">BLOG PAIS BARROSAO</div>Anairamhttp://www.blogger.com/profile/15083359386199060758noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-14068495.post-1121374640921430212005-07-14T18:53:00.000+01:002005-07-14T22:42:32.686+01:00O mestre Gato<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2988/1295/1600/DSCF0454.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 234px; CURSOR: hand; HEIGHT: 154px" height="146" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2988/1295/320/DSCF0454.jpg" width="238" border="0" /></a><br />Tinha-vos falado anteriormente num paisano da "corga" que dava pelo nome de "Gato".Ora este dito cujo era um animal da raça "corguês" a qual só existe nesta terra , e que sem duvida este foi o bicho mais cobiçado pelas diferentes forças da ordem e da lei do nosso concelho,G.N.R, tribunal ,regedores & companhia.<br /><br />Um certo dia o o "Gato" com os seus dotes de matreiro e mestre na arte de enganar conseguiu conquistar o coraçao de uma rapariga do Antigo de Viade.<br /><br />Ora como todos sabemos antiguamente quando um homem começava a namorar numa aldeia alheia á nossa o pessoal juntava-se e o pobre que lhe caisse nas garras era levado á taverna (nem que fosse ao estalo) e obrigatoriamente tinha que pagar as vacas ao dono que neste caso era a vaca aos donos.<br /><br />Resulta que uma noite os do Antigo apanharam o "Gato" por tràz da capela com a rapariga ,e este sendo mestre na arte de dàr à sola ainda tentou escapar mas a coisa complicouse-lhe jà que os outros o tinham cercado e que para além de estar em trajes menores tinha as calças de burel no fundo dos tornozelos as quais nao teve tempo de tirar antes do acto do acasalamento jà que aquilo tinha que ser feito com rapidez e eficiência nao viesse o pai da sopeira ou os da terra dar com eles no mete e tira. Bem a coisa é que os gajos pilharam o "nosso mestre" e claro puseram-lhe logo as regras .<br />-" A<em>nda cá artista q'oinje bais pagar o binho</em>". Disse o mais macaco là da terra e talvez o que mais dor de cotovêlo tinha.<em> -"</em> <em>Hó repazes se a</em> <em>questao è binho bamos là p'rà taberna do Balbina c'ogato paga o que fizer falta ,e mais...</em> <em>"</em> Disse o mestre enquanto puxava as calças e as ceroulas p'ra cima. Uma vez dentro da taverna o nosso amigo tratou logo de ganhar a confiança dos seus inimigos usando a tactica da "tasca". - <em>"Hó repazes bòs comei e bubei." </em>E os do Antigo começaram a mandar vir: "-<em> Hó Balbina bota ai</em> <em>2 cartilhos e 6 ratxas de bacalhau".</em><br /><br />E começaram a comer e beber como alarves à custa do Gato enquanto este encostado ao balcao dizia: -"<em>Bossemeçês peçam comam e bebam à bontade".</em>Bem com tudo isto os inimigos do nosso heroi começaram a ficar quentes e cada<em> </em>vez lhe davam mais palmadinhas nas costas como que agradecendo-lhe a franqueza. A pàginas tantas diz o Gato: " -<em>Hò repazes eu teinho que ir ali fora".</em> E diz um ."-<em>Espèràì q'eubou cuntigo</em>" Diz o Gato."-<em>Hò pà</em> <em>è milhor nao</em> ".-<em>Poquê???".</em> Exclamou um deles."-<em>Atao bòs num cumfiais in</em> <em>min? è c'ando p'ràqui um bocado solto das tripas e teinho bergonha de m' espidar na frente dos outros ???".</em> Disse. "-<em>Hò home claro que cunfiamos bai là fazer a tu bida que nòz cà te esperamos ". </em><br /><br />Ora o Gato quando se apanhou na rua aquilo foi um pernas para que te quero dali a`"corga" nao foi manco e claro que a despesa ficou por pagar.Um dia numa feira em Montalegre o Balbina encontrou a mae do gato e disse-lhe o que se tinha passado ,que o filho tinha uma divida na sua taverna já ha uns meses e nao ia pagar.<br /><br /><br />A senhora muito envergonhada pediu desculpas e disse ao Balbina que estivesse descansado que tal como chega-se a casa obrigaria o filho a ir ao Antigo pagar a divida contraida. Chegada a casa estava o "Gato" ao lume a merendar e diz-lhe a mae: "-<em>Gatuno..., bigairista,atao tù bais p'rò Antigo fazer franquezas e</em> <em>num pagas ???,num tens bergonha</em>??? "-<em>Ora pega là treis notas e bai pagar o que debes ò</em> <em>Blbina". </em>O Gato pega no dinheiro mete-o ao bolso e uma vez chegado a taberna do Balbina diz:"-<em>Hò amigo atao disseste a minha belha que te debo denheiro?".</em><br /><br />Diz o Blbina ."<em>Tu bem sabes</em> <em>q'uemo debes Joao". "-Olha là mas eu mandei bir algum'a cousa ou comi ou bobi algo???".E</em> diz o outro :"-<em>Nao realmeinte tu num pediste nada nem bubeste nem cumeste".</em> E entao diz o Gato com uma tremenda calma e uma nostalgia imensa. "-<em>Atao olha quem pediu que pague q'ueu num ando aqui p'ra manter pançudos". </em><br /><br />E voltando as costas ao Balbina meteu dali à "corga" e foi foder os trezentos escudos com os amigos a loja do Guerreiro que esse sim tinha sempre um vinho bem baptizado nao fosse ele embebedar os vizinhos e logo houvesse guerras entre eles .<br /><br />Boas noutes e fiquem bem.<div class="blogger-post-footer">BLOG PAIS BARROSAO</div>Anairamhttp://www.blogger.com/profile/15083359386199060758noreply@blogger.com4