<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://draft.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d14068495\x26blogName\x3dPa%C3%ADs+Barros%C3%A3o\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dTAN\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://barrosao.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://barrosao.blogspot.com/\x26vt\x3d4656083727297610788', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>

quinta-feira, outubro 27, 2005

Um barrosão com mística...

(Este texto foi publicado no Diário dos Açores de 26-10-2005)

A Escola Antero de Quental nos Açores conseguiu mais uma vez ser a melhor escola dos Açores no Ranking dos exames nacionais, mas foi em Física que conseguiu os melhores resultados. Aliás, está visto que Física é um caso a estudar nos Açores em termos do sistema de ensino: de 18 escolas que foram a exames nacionais este ano, essa disciplina conseguiu obter os melhores resultados em 4. Na Escola Domingos Rebelo a média geral atingiu os 143,4, o melhor resultado da Região e o 38º do país, e na Antero de Quental atingiu os 141,5, o segundo melhor da Região e o 46º do país.

César Alves, um jovem professor de 31 anos, natural de Parafita, Montalegre em Trás-os-Montes, é um dos obreiros desta vitória. Professor na Antero de Quental pelo quinto ano, não esconde que é exigente mas também não tem dúvidas em afirmar que o sucesso depende de múltiplos factores.

Desde logo, da própria escola: "há aqui uma certa mística", diz a sorrir, sentado numa das carteiras do Museu de Física, uma sala antiga, de tectos altos, decorada com inúmeros aparelhos do século XIX utilizados em Física, fazendo lembrar uma sala de coleccionismo inglês. Um telescópio pertenceu a um professor açoriano do final do século XIX, que ajudou a descobrir um planeta. "Há alunos que vêm de outras escolas e mudam completamente", refere. "Aqui o ensino é claramente dignificado", remata.

Mas o ambiente geral não vem apenas do passado ou do respeito no trato. A escola tem cinco laboratórios, "e para além de ter um excelente responsável pelo material, a verdade é que os órgãos de gestão nunca recusam nada do que lhes pedimos", o que o faz dizer que existe "uma colaboração impressionante".

Reconhece que os alunos no início do ano vêm relativamente bem preparados. Mas porque não têm bem a noção ao que a disciplina os obriga a saber, César Alves é rigoroso desde o primeiro dia: "desde o início que eles sabem que têm de estudar, são logo pressionados". Aliás, a "pressão" já começa antes mesmo das aulas se iniciarem: a fama deste professor já é conhecida. "Um aluno meu disse-me hoje que viu uma pilha de testes meus numa sala de explicações, e eram considerados os mais difíceis"?

Mas é de dificuldade que se trata em Física ? ou sobre a forma de a ultrapassar. "São poucos os alunos que gostam de Física à partida, mas como querem mesmo ir para a universidade, sabem que têm de a completar". O método de ensino, no entanto, ajuda bastante. Desde a linguagem ? "em vez de se falar na trajectória de átomos, fala-se na trajectória de carros de fórmula 1", à própria comunicação, que é cada vez mais experimental. "Fala-se de Física como se fala de desporto: uma linguagem simples, contextualizada, o que é muito importante, senão, o ensino é vago". E as experiências práticas não param, assim como actividades inovadoras.

Em média, cerca de 20% dos alunos não chega a acabar o ano, o que, apesar de tudo, é considerado "uma boa média". Os programas são integralmente cumpridos, o que é uma novidade. "Exigimos sempre mais do que o programa pede, pois se tabelarmos pelo mínimo, os alunos vão abaixo; se tabelarmos pelo médio, eles vão-se safando; se tabelarmos alto, o melhor é para eles". No ano passado, de uma turma de 14 alunos, 12 entraram no Instituto Superior Técnico, sem usar o contingente Açores.

E, claro, há o professor. Este gaba-se de nunca ter expulso um aluno, mas de conseguir impor um respeito natural. A melhor nota que conseguiu foi um 19 e até hoje apenas um aluno seu teve uma nota em exame inferior à da pauta. "Mas voltou na 2ª fase, conseguiu subir e entrou para a universidade do seu gosto no continente". E, no entanto, é rigoroso com a disciplina: se um aluno chega atrasado, não o deixa perturbar o seguimento natural das aulas ? "tive hoje um aluno que chegou meia hora atrasado; quando expôs algumas dúvidas, lembrei-lhe que o problema era dele por ter chegado tarde; é claro que depois ajudá-lo-ei, pois a escola é exactamente feita para ensinar, e não aterrorizar, mas há que haver disciplina".

Mas não esconde que para se ser bom professor é preciso gostar, ter nascido para isto. Mas se é preciso ser um bom comunicador, "é fundamental dominar a matéria; tive um professor que me disse que ?às vezes antes vale ser mau a transmitir conhecimentos, do que bom a transmitir coisas erradas?; quem não dominar esta ciência não tem hipótese", conclui.

Quanto aos exames, também não esconde que a partir de Maio o ensino é dirigido para os exames, numa espécie de "alerta total; os testes de avaliação são sempre feitos de acordo com os modelos dos exames nacionais ? e por isso eles já estão habituados. É preciso optar: ou ensinamos muito bem física, ou preparamos os alunos para que sejam bons nos exames; e para isso é preciso saber muito bem como funcionam os exames nacionais".

Ao contrário de alguns professores, gosta dos Rankings. "Se há más notas, é preciso experimentar outros professores. Os professores devem sempre ser responsabilizados pelos maus resultados, devem ser questionados; é preciso uma explicação. E não é só o professor, é a própria estrutura de ensino: saber se o grupo está a ser bem coordenado, se os órgãos de gestão estão a fazer bem o seu papel". Questiona mesmo que "há escolas que não têm laboratórios de física: como é que podem pedir bons resultados? É impossível!"

Fonte: Diário dos Açores Online

6 Comentários:

Em 27 outubro, 2005 13:43, Anonymous Anónimo disse...

Mais uma razão para continuarmos a sorrir.

 
Em 27 outubro, 2005 21:11, Anonymous Anónimo disse...

Parabéns César.

Um grande abraço amigo.

 
Em 04 novembro, 2005 21:02, Blogger Roberto Iza Valdés disse...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

 
Em 07 novembro, 2005 16:49, Anonymous Anónimo disse...

MUITOS PARABÉNS GRANDE CÉSAR. UM GRANDE ABRAÇO DAQUI DE BARROSO DO TEU AMIGO PEDRO MACHADO. SINTO-ME ORGULHOSO EM TE CONHECER E SABER QUE TENS UM GRANDE ORGULHO EM SER DE MONTALEGRE. FORÇA

 
Em 02 março, 2006 09:04, Anonymous Anónimo disse...

Pois bem meu caro amigo, não é de admirar esse teu sucesso e vontade de ensinar com excelência. Quem te conhece desde a preparatória sabe bem daquilo que és capaz.

Rigor, conhecimento e gosto pelo ensino são caracteristicas fundamentais para um bom professor e essas mesmas estão presentes em ti.

Grande abraço barrosão,

Artur Cima

 
Em 05 março, 2007 21:41, Anonymous Anónimo disse...

Enjoyed a lot! » » »

 

Enviar um comentário

<< Inicio