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segunda-feira, outubro 17, 2005

Os barbeiros do povo da aldeia de Parafita

Depois de algum tempo de ausência deste blog (ao ponto de passar pela fama de ser o criador do Barroso FM, blog com o qual não tenho nada a ver!), partilho convosco esta pérola que foi reportagem do Jornal de Notícias de 10 de Outubro último...











Aos domingos, António Afonso vai a casa de Manuel Branco.
A barba é paga com o mata-bicho



Manuel Branco se ajeita na cadeira, auxiliado por uma familiar, António Afonso coloca em cima de uma mesa um saco de plástico verde e, devagarinho, começa a retirar vários utensílios, embrulhados em folhas de jornal.
Terminada a tarefa, coloca uma toalha em volta do pescoço de Manuel, regressa à mesa, espreme um tubo quase vazio de creme de barbear.
"Ora, vamos lá, então!", diz, espalhando o sabão na cara de Manuel, com um farfalhudo pincel. São quase dez horas, é domingo e este é o ritual semanal de um dos dois barbeiros que ainda resistem na aldeia de Parafita (em Montalegre), uma profissão que os modernos cabeleireiros estão a fazer desaparecer.
Mas aos quais, nesta localidade, os mais idosos ainda resistem.


"Ao cabeleireiro, a Montalegre, cá em Parafita, só se forem os rapazes novos que já arrebitam e gostam do cabelo à moda fina!", esclarece António Afonso.
De resto, os cabelos dos homens de Parafita são aparados pelas tesouras e pelas navalhas dos dois barbeiros da aldeia.

São ambos António, de nome, e só trabalham aos domingos de manhã.
"Nem eu, nem ele levamos dinheiro. Os que são mais meus amigos vêm ter comigo, os que são mais amigos dele vão ter com ele", explica António Afonso, a quem na aldeia toda a gente chama de "o Amélia", por causa da mãe.

Por sua vez, os dois barbeiros cortam o cabelo um ao outro". "Ele dá-me um jeito ao meu e eu dou-lhe um jeito ao dele!", conta o António conhecido pelo nome da mãe. "Normalmente, é no mesmo dia, depois agarramos e vamos beber um copo e pronto!", acrescenta, mais tarde, António Alves.

De facto, dinheiro não é a moeda de troca entre barbeiros e clientes de Parafita. "É tudo por amizade". "Agora, vim aqui (à casa de Manuel), matei o bicho (tomei o pequeno-almoço), mas não levo dinheiro. Eles ajudam-me, eu ajudo-os a eles; é assim", explica António. No entanto, nem sempre foi assim.

Houve tempos em que os alqueires de centeio que recebia em troca de cortar cabelo e fazer a barba eram uma ajuda preciosa para António. Tempos difíceis. "Sabe por quanto os aturava um ano inteiro? Se fosse cabelo e barba, era um alqueire de grão, se fosse só cabelo era meio alqueire!", recorda António, que começou na arte com apenas 12 anos. Hoje tem 75. Já o seu pai era barbeiro. Mas não foi com ele que aprendeu. "Aprendi por mim. Às vezes, as pessoas diziam-lhe, então, não ensinas o rapaz? Sabe o que ele dizia? Então ele não vê como se faz?".

A cadeira alemã e o after-shave

Quando começou na arte, António Afonso trabalhava quase na rua. "Nem tinha casa de jeito", explica. Hoje, tem montada uma barbearia improvisada, numa pequena divisão da casa. Um lavatório, um espelho, uma caixa de madeira por cima da qual tem espalhadas as várias navalhas e outros utensílios, e uma cadeira de escritório que é o orgulho do barbeiro. "Anda de roda e, assim, mexo-os de um lado para o outro, conforme dá jeito", explica António, lembrando que foi o filho que está na Alemanha que lha mandou.

No que toca a after-shave, António também ainda não aderiu aos novos bálsamos do mercado. Continua a usar o que chama "pedra húmida", que passa pela cara dos barbeados. O "after-shave 444, cicatrizante" é tão raro que as farmácias de Montalegre já não vendem. "Este comprei-o numa drogaria em Monção. Dura uma vida!", remata.

8 Comentários:

Em 17 outubro, 2005 21:31, Anonymous Anónimo disse...

Em parafita hà artistas bons para tudo desde barbeiros,a ferreiros alfaiates, etc., atè me lembro de haver um que fazia casacos de pele por medida .Somos a melhor aldeia de Tràs- os- Montes viva Parafita.

 
Em 18 outubro, 2005 10:08, Anonymous Anónimo disse...

Por isso e que nós somos diferentes.

 
Em 18 outubro, 2005 10:11, Anonymous Anónimo disse...

Na capital,tens se habilidade para tudo,faz-se um pouco de tudo.Enfim está gente tem jeito para tudo.Somos diferentes.

 
Em 18 outubro, 2005 13:38, Anonymous Anónimo disse...

Em parafita há artistas para tudo, desde barbeiros, blogers, tipos que dão umas mokadas na cabeça aos outros... enfim há de tudo....

 
Em 04 novembro, 2005 13:55, Anonymous Anónimo disse...

Pois e verdade a gente para tudo,nem imaginas...

 
Em 20 novembro, 2005 22:00, Anonymous Anónimo disse...

voce e sadico amigo do brasil

 
Em 06 dezembro, 2005 16:06, Anonymous Anónimo disse...

Sem dúvida alguma.....Parafita está em grande ascenção, só pessoal com dotes e isso viu-se bem durante a última campanha para as eleições da freguesia, vamos é ver quanto tempo dura esse vosso poder de convicção...........

 
Em 22 dezembro, 2005 14:02, Anonymous Anónimo disse...

Vai durar para sempre, a nossa geração e de ouro vão uns ficam outros,mas sempre com o mesmo objectivo a nossa terra.

 

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